Mauro aproveita festa do ‘Congo’ para pedir votos
Candidato ao governo do Estado, o empresário Mauro Mendes (PSB) defendeu a migração do ex-presidente do PR, Moisés Sachetti, para o PSB sob o argumento de que “a democracia pressupõe o amplo direito político”. “A filiação partidária não é casamento e jura de amor eterno”, disse Mendes ontem, enquanto participava da Festa do Congo em Vila Bela Santíssima Trindade, primeira capital de Mato Grosso.
Moisés Sachetti deixou o partido se dizendo preterido com a escolha José Aparecido dos Santos (PR), o Cidinho, para a primeira suplência do candidato ao Senado, Blairo Maggi (PR).
Informações destacam que a decisão de Sachetti contou com incentivo do grupo liderado por Mauro. Moisés, que admitiu ter tido conversas com o líderes do grupo ligado ao empresário, afirmou que sua decisão está relacionada diretamente a seu descontentamento com a forma de condução das amarrações políticas para a formação das chapas majoritárias.
Assim como Schetti, Mendes também é um dissidente do PR. Inesperadamente, em setembro do ano passado, o empresário trocou de partido, já com a intenção clara de ser candidato ao governo, mesmo não confirmando isso na época. Ele foi tachado de “traidor” por líderes republicanos. Nessa época o PR já tinha definido apoio à reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB).
O mais novo socialista se disse magoado porque não foi reconhecido internamente pelo antigo partido. Ele foi seguidor de Maggi nos meandros políticos e partidários, e dos principais responsáveis pela estruturação do Partido da República em Mato Grosso, origem da fusão entre PL e Prona.
No início de 2007, quando Blairo Maggi, eleito para seu primeiro mandato, resolveu deixar o PPS para migrar para o PR, Sachetti também o acompanhou. O ex-governador tentou demovê-lo da ideia, mas sem sucesso.
Na campanha de Mauro, Sachetti vai cuidar da articulação política no interior de Mato Grosso. Ontem o empresário esteve em Vila Bela para participar da tradicional Festa do Congo. A dança do Congo representa a resistência dos negros que quiseram continuar na região após a transferência da capital para Cuiabá, em 1835. Até então, Vila Bela era a capital do Estado.
Aproveitando a manifestação cultural, o candidato prometeu que, se eleito, pretende fazer um grande trabalho de resgate das tradições culturais e investir no setor cultura através verbas públicas, mas também com apoio da iniciativa privada.
Esta semana Mauro ainda visita Sorriso, Sinop, Cáceres e outras cidade menores próximas.
Comentários