Balança comercial de Mato Grosso representa 52% da balança do Brasil

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) deste mês, analisado pela equipe técnica da Secretaria de de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme/MT) revelam que o saldo acumulado da balança comercial de Mato Grosso representa 52% do saldo total da balança brasileira. Em 2009 as somas das exportações do Estado resultaram em US$ 8.495 bilhões. Até junho de 2010, os valores das exportações somaram US$ 4.545 bilhões correspondentes a um crescimento de 54%. Com este resultado, a tendência para o final do ano, mantendo as condições de mercado, é um fechamento de US$ 9 bilhões, o que representa um aumento de 7%.

Mato Grosso mantém a liderança no Centro-Oeste representando 27% das exportações. O que coloca o Estado na sétima posição no ranking dos estados brasileiros que mais exportam.

Os três países que continuam se destacando na compra dos produtos de Mato Grosso são a China, os Países Baixos e a Tailândia. O produto mato-grossense mais vendido continua sendo a soja. De todos os artigos importados pela China, a soja corresponde a 95%, equivalente a US$1.6 bilhões. Nos Países Baixos são 33%, equivalente a US$ 153 milhões e na Tailândia, o farelo de soja é o mais importado com 65%, um total de US$ 84 milhões.

A venda do farelo de soja, da carne e do couro foi o que mais cresceu nestes últimos meses. As negociações do couro aumentaram em 81% em relação ao mesmo semestre do ano passado, a carne passou a ocupar o segundo lugar, representando 42% das vendas e o farelo de soja está em terceiro com um aumento de 16%.

De acordo com o técnico do setor do Comercio Exterior da Sicme, Paulo Henrique Cruz, para que Mato Grosso tenha um maior crescimento, é necessário investir na industrialização, que é o papel da Secretaria.

“Isso tem ocorrido nos últimos anos. Por meio dos incentivos fiscais conseguimos atrair cerca de 400 novas empresas para o Estado”, explica o secretário de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf. “A chegada da Vicunha Têxtil, Brenco, Hering e várias outras contribuirão para a agregação de valores e, consequentemente, para o aumento das exportações”, completou.