Justiça nega mandado de segurança a ex-policial suspeito de matar Eliza

A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, de Contagem (MG), negou na tarde desta terça-feira o mandado de segurança para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, Paulista e Neném. Ele é suspeito de ter matado Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. Na decisão, a juíza afirmou que não existe requisitos legais para embasar a liminar.

O advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defende Bola, entrou com o pedido na sexta-feira (16) para tentar garantir que seu cliente não fosse obrigado a prestar depoimento. No pedido, a defesa alega que "quer ver garantido o seu direito de permanecer calado e nega-se a participar de qualquer diligência policial".

Oliveira Júnior também diz que o suspeito teve seus direitos desrespeitados e pediu a invalidação de qualquer depoimento prestado por Bola sem o acompanhamento de seus advogados.

"Ele [Bola] sustenta que está sendo pressionado a prestar depoimento, mas não provou o alegado constrangimento que estaria sofrendo. Não vislumbro em eventuais conduções do impetrante ao Departamento de Investigações qualquer ilegalidade ou abuso de poder", afirmou a juíza na sentença.

A juíza também negou o pedido de Oliveira Júnior para acompanhar todos os depoimentos de seu cliente. "O inquérito policial é procedimento meramente informativo. Os atos e diligências nele realizados não são calcados nos princípios do contraditório e da ampla defesa, pois seu objetivo é verificar a existência ou não de elementos suficientes para se iniciar a ação penal", afirmou Rodrigues.

Bola está preso no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).