Emergência: o que fazer quando o pet está em apuros
Brigas, quedas, atropelamento, envenenamento, ingestão de corpos estranhos, diarreias agudas, concussões, sintomas neurológicos, falta de ar. Os animais de estimação também estão sujeitos às mais diferentes situações de risco. Saber agir nesses momentos é fundamental
Com a propriedade de quem vive a rotina da emergência de um hospital que oferece atendimento 24horas, os médicos veterinários do Hospital Veterinário Pet Care afirmam que muitos problemas de saúde dos animais de estimação poderiam ser minimizados se seus responsáveis conseguissem perceber quando estão diante de uma emergência. “Ainda é comum casos em que o problema se estende por vários dias e as pessoas esperam até que o animal esteja muito mal para levá-lo ao veterinário”, destaca a diretora Carla Alice Berl. “Nesses casos, o tratamento pode não alcançar o sucesso desejado e os danos ao animal assim como os gastos gerados pelos procedimentos podem ser maiores”.
Para que situações como essas deixem de ser tão comuns, a médica veterinária aposta em duas soluções: contato aberto com um veterinário de confiança e conhecimento sobre os principais apuros aos quais os animais de estimação estão propensos. Carla explica também que o Pet Care mantém canais de comunicação sempre abertos para atender os responsáveis pelos animais de estimação. “Por telefone, pelo e-mail petcare@petcare.com.br ou até mesmo pelo nosso perfil no twitter sempre podemos conversar, saber qual a situação do animal e opinar se é melhor buscar atendimento imediato ou não”, explica. Mesmo quem não é cliente cadastrado pode contar com o serviço.
SOS é uma emergência
De acordo com a diretora do hospital existem sintomas comuns a diferentes ocorrências. “Vômitos intensos, anorexia por mais de um dia, falta de movimentação com sinal de dor principalmente dificuldade de mover os membros traseiros, urina toda hora em pequenas quantidades, tentar urinar ou defecar e não conseguir, convulsionar, apresentar falta de equilíbrio ou falta de ar e desmaiar”. Em qualquer um desses casos é preciso procurar atendimento veterinário. Carla lista ainda as emergências mais comuns atendidas no hospital e os primeiros socorros que devem ser prestados.
Gastrointestinais – Ingestão de corpos estranhos, de substâncias tóxicas e intoxicação alimentar são os casos mais comuns. “O mais comum são os venenos de rato ou adubos (mamona) colocados em vaso. Mas também recebemos animais intoxicados pela ingestão de entorpecentes”. Seja porque são filhotes e estão usando a boca para descobrir aquilo que está a sua volta, ou porque comem alimentos que não são específicos para eles. Os cães estão mais sujeitos a esse problema. Na maioria das vezes o animal começa vomitar e apresentar diarréia, às vezes com, outras sem a presença de sangue, convulsões e tremedeira também podem ser sintomas de envenenamento. “Tente descobri o que o animal ingeriu e a dose, entre em contato com o veterinário e explique a situação”, diz Carla. Não induza ao vômito, isso pode piorar ainda mais a situação.
Cardíacas - As emergências cardíacas geralmente se apresentam como falta intensa de ar, o animal fica ofegante, não consegue deitar (fica sentado arfando), também pode apresentar língua arroxeada e desmaio. “Em qualquer um desses casos é preciso levar o animal para o veterinário”, alerta Carla. “É preciso que a causa dos sintomas seja investigada para que o profissional possa recomendar o melhor tido de tratamento”.
Neurológicas – As convulsões são as mais comuns. Nesse caso não deve-se tentar segurar o animal. Tente afastar o bicho de qualquer objeto que possa ser perigoso e perceber qual o tempo de duração da crise. “Se o animal convulsionar por mais de um minuto leve imediatamente ao veterinário”, frisa a médica veterinária. “Convulsões prolongadas podem causar edema cerebral com sequelas irreversíveis”. Outros sintomas de emergência neurológica são os acidentes vasculares cerebrais, nos quais o animal fica repentinamente com problemas relacionados à coordenação motora. Neste caso é preciso encaminhar o animal para o atendimento veterinário.
Traumáticas – Briga, atropelamento e quedas estão no topo das ocorrências desse tipo. Em qualquer uma dessas situações é preciso ter cuidado ao manipular o animal, pois ele está sentindo dor e pode acabar reagindo de forma agressiva, com rosnados e até mesmo mordida. O uso de focinheiras é indicado se houver disponibilidade. Outro procedimento necessário é verificar se há algum sangramento para tentar reduzi-lo. “É preciso ter cuidado para não causar ainda mais ferimentos ao animal”, diz a médica veterinária. “Não tente deslocar ou puxar membros que estejam aparentemente fraturados”. Transporte imediatamente o animal para o veterinário cuidando para que durante o trajeto os ferimentos não se agravem.
Fique atento
Além das emergências citadas o Pet Care também costuma atender animais com paralisia aguda decorrente de hérnias e outros problemas osteoarticulares; distúrbios endócrinos como diabetes e hiperadrenocorticismo descontrolados em crise de hipoglicemia ou hiperglicemia; pancreatite, inflamação do pâncreas de aparecimento súbito (agudo), que é extremamente grave e pode ser percebido por sinais de dor abdominal intensa e de vômitos. “Todas essas emergências são de doenças crônicas, que começam de uma maneira branda e muitas vezes silenciosa e acabam se agravando”, diz a especialista. “Cabe ao proprietário reconhecer as anormalidades, pois ele tem um contato íntimo com o animal todo dia”.
Ganho ou perda de peso progressiva, alteração no cio e ou secreção escura pela vagina, mau hálito, sede ou fome excessivas, perda de apetite e dificuldade locomotora também são sintomas de doenças que vão se agravar. “Temos todas as condições de diagnosticá-las previamente, prolongando a vida do animal e evitando sofrimento e gastos que acontecem quando o processo se torna agudo”.
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