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Polícia Brasil
Segunda - 19 de Julho de 2010 às 20:44

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Após mais de sete horas de depoimento, o goleiro Bruno Fernandes deixou a sede do Departamento de Investigações da polícia mineira por volta das 19h30 desta segunda-feira. Ele chegou por volta das 12h e saiu sem falar com a imprensa. Segundo Frederico Franco, um dos advogados do goleiro, ele falou somente sobre o vídeo feito durante sua transferência do Rio para Minas.

Ricardo Cassiano-6.jul.10/Folhapress
As delegadas Ana Maria Santos e Alessandra Wilke (dir.), afastadas da investigação do caso Bruno após vazamento
As delegadas Ana Maria Santos e Alessandra Wilke (dir.), afastadas da investigação do caso Bruno após vazamento



O vídeo foi divulgado pelo "Fantástico", da TV Globo, neste domingo (18). O avião em que Bruno e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, viajaram pertence à polícia mineira, que suspeita que a "entrevista" com o goleiro tenha sido gravada por um agente da corporação. Após a divulgação do vídeo, a Polícia Civil afastou do caso as delegadas Alessandra Wilke e Ana Maria Santos, que acompanharam os suspeitos no voo.

O goleiro, suspeito de participação no suposto assassinato da ex-amante Eliza Samudio, volta para o presídio Nelson Hungria, de segurança máxima, em Contagem (região metropolitana de BH) --onde está desde 9 de julho.

Macarrão, amigo e braço direito de Bruno, também deixou o local. O advogado Ércio Quaresma Firpe, que defende Bruno e outros suspeitos, afirmou que Macarrão foi agredido por um delegado durante seu depoimento.

Segundo Quaresma, Macarrão levou um tapa no peito do delegado Julio Wilke e acabou caindo no chão. O motivo, diz o defensor, foi uma discussão para convencer o suspeito a mudar de advogado. Procurado pela Folha, Wilke negou a agressão e disse que sequer estava presente no depoimento. Classificou a acusação de "calúnia" e "desespero".

OAB

O secretário-geral da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Minas, Sérgio Murilo Diniz Braga, esteve hoje na sede do Departamento de Investigações "para assegurar as prerrogativas profissionais dos advogados que atuam no caso". Os advogados reclamavam não terem acesso aos autos do inquérito.

"Não se trata de privilégios, mas sim, de proteger a cidadania e a democracia. É neste sentido que a OAB está agindo", disse Braga.

Em relação à suposta agressão de Macarrão, o secretário-geral afirmou que a OAB está vigilante, mas que cabe à Corregedoria da Polícia Civil apurar o fato. Braga acompanhou parte dos depoimentos prestados nesta segunda-feira pelos suspeitos.






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