Nova rodada de negociação será realizada no dia 30 de julho.
Enfermeiros suspendem greve, mas movimento ainda pode ser retomado
Após três horas de negociações, profissionais de enfermagem e estabelecimentos de saúde não chegaram a um acordo na audiência de conciliação realizada na manhã desta segunda-feira (19). A audiência foi realizada após uma ação cautelar proposta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) devido a greve decretada pelos enfermeiros no setor particular do sistema de saúde.
Com a mediação do vice-presidente do TRT de Mato Grosso, desembargador Tarcísio Valente, e do procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT), José Pedro dos Reis, os dirigente sindicais e seus advogados apenas acertaram a suspensão da greve.
Foi marcada um nova rodada de negociação para o próximo dia 30, às 8h, que será realizada na sede do Ministério Público do Trabalho. Uma das dificuldades para a conciliação é a diferença de salários existente entre a capital, a região sul e a região norte do Estado, já que cada uma tem particularidades especiais.
Advogados do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem e da entidade patronal, Sindssmat, participaram da audiência.
De acordo com o presidente do Sinpen, Dejamir Souza, cerca de 1,5 mil profissionais, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem atuam nos hospitais particulares da Baixada Cuiabana. Os profissionais reivindicam um piso de R$ 750 para técnicos e de R$ 1,6 mil para enfermeiros.
Dejamir explica que as negociações com o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindessmat) ocorre há cerca de quatro meses, mas o valor oferecido não atende as expectativas dos profissionais. “Nos ofereceram um aumento de R$ 80. Isso é uma vergonha”, disse.
A proposta do sindicato patronal é que o salário atual dos auxiliares de enfermagem, que é de R$ 510, chegue a R$ 535; dos técnicos passe de R$ 610 para R$ 640 e dos enfermeiros, de R$ 1.220 para R$ 1.299. “Isso deixaria nossos salários abaixo do piso dos garis, cobradores de ônibus e bem abaixo do salário dos motoristas”, disse Dejamir.
O sindicalista afirma que se não houver um acordo os profissionais da enfermagem devem entrar em greve em todo o estado.
Comentários