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Saúde
Segunda - 19 de Julho de 2010 às 16:55

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Para pessoas com depressão, o mundo realmente parece nublado. Isso porque elas mostram uma deficiência em perceber contraste em imagens.

Emanuel Bubl, da Universidade de Freiburg, e colegas colocaram um eletrodo em um dos olhos de 40 pessoas com depressão e 40 pessoas sem a doença. Os eletrodos mediram a atividade nos nervos que conectam fotorreceptores (que detectam aspectos diferentes da luz) ao nervo óptico, mas não ao cérebro.

Os participantes permaneceram sentados em um quarto escurecido enquanto olhavam para uma tela que mostrava um padrão xadrez em preto e branco. O padrão ficava cada vez mais cinza em seis estágios distintos, reduzindo o contraste entre os quadrados pretos e os quadrados brancos.

Cada estágio foi apresentado por dez segundos, e o experimento foi repetido por uma hora.

Em pessoas com depressão, os sinais elétricos para o nervo óptico eram menores. Quando esses participantes viam a tela no primeiro estágio (quadrados preto e branco), sua atividade elétrica era um terço da atividade em participantes saudáveis. E quanto maior o grau de depressão, pior a detecção de contraste.

O principal autor do estudo, publicado na revista "Biological Psychiatry", acredita que uma técnica parecida poderia ser usada para auxiliar no diagnóstico de depressão clínica.

Para Mathew Martin-Iverson, da Universidade da Austrália Ocidental, em Perth, Austrália, uma possível explicação está no fato que neurotransmissores que regulam a atividade nervosa na visão poderiam também estar envolvidos no processamento de emoções.






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