Candidatos "patinam" na largada
Os três principais candidatos a governador colocaram o bloco da rua, mas ainda não concluíram totalmente a formação das equipes de coordenadores. Silval Barbosa (PMDB) e Wilson Santos (PSDB) polarizam a disputa, enquanto Mauro Mendes (PSB) corre por fora. Em termo de organização, o empresário leva vantagem, embora, nas intenções de voto, esteja atrás do peemedebista e do tucano. Mendes já superou aquela fase da incerteza sobre candidatura e das brigas internas no bloco composto de quatro partidos (PSB, PDT, PPS e PV) e, numa linha mais empresarial e dinâmica, já montou equipe, organizou o marketing, com elaboração de material de campanha e desenvolve uma agenda mais intensa, de modo a aproveitar melhor os 3 meses de campanha. Carrega o discurso de que não tem a obrigação de ganhar, mas sim de competir.
O governador Silval, que busca a reeleição, lançou a campanha para valer na sexta (16) e, neste último final de semana, visitou oito municípios, em comitiva. Esta semana finaliza o processo de escolha de 22 coordenadores regionais, juntamente com os 11 partidos que compõem o arco de aliança da situação, sendo eles PMDB, PP, PR, PT, PRB, PTN, PSC, PHS, PTC, PRP e PC do B. A Silval falta mais mobilidade e ações operacionais. O ex-prefeito da Capital Wilson Santos visitou mais de 60 municípios, mas ainda não está com todos os coordenadores estratégicos definidos e bate-cabeça para encontrar líderes em alguns municípios pólos.
Silval tem a seu favor o peso da máquina estadual, o apoio do ex-governador Blairo Maggi, que comandou o Estado por 7 anos e 3 meses e 3 meses, e da presidenciável Dilma Rousseff (PT), respaldada pelo presidente Lula. A tendência é do bloco situacionista ter Lula, que registra uma popularidade alta, como cabo eleitoral, nem que seja com aparições no horário gratuito no rádio e na TV pedindo voto. Wilson terá o presidenciável José Serra no palanque e outras figuras tucanas, como o ex-presidente FHC. Mendes, nesse caso, ficou sem palanque nacional.
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