Exame de sangue pode detectar pré-eclâmpsia
Um exame de sangue ainda em fase de pesquisas pode detectar proteínas indicativas da pré-eclâmpsia, levando a um diagnóstico precoce da doença.
A pré-eclâmpsia afeta mulheres grávidas e pode levar à morte. O problema acontece quando há um comprometimento vascular na placenta.
Os sintomas clínicos --aumento de pressão arterial, inchaço, enjoos e visão borrada-- podem aparecer tarde, depois do quinto mês de gestação, o que aumenta as chances de complicações.
Nelson Sass, do departamento de obstetrícia da Unifesp, está envolvido nas pesquisas do novo exame.
O médico explica que o teste encontra as proteínas que dificultam a formação dos vasos da placenta a partir do quinto mês de gestação. A universidade já está fazendo exames de sangue em grávidas para confirmar a eficácia do teste. Ainda não há previsão de quando o exame vai ser posto no mercado.
Hoje, a pré-eclâmpsia é diagnosticada clinicamente, com a medição da pressão e da detecção de perda de proteínas na urina.
O exame poderia ajudar um diagnóstico anterior ao aparecimento de sintomas mais graves, dando tempo ao médico para providenciar a internação da mulher.
Sass explica também que a identificação dessas proteínas pode, no futuro, levar à descoberta de uma cura para a doença. "Poderia se criar um tratamento para combater a ação dessas substâncias que inibem a formação dos vasos. Se fosse encontrado um medicamento que destruísse essas proteínas, por exemplo."
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