Justiça não pode ter "dois pesos e duas medidas", diz Dilma
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse hoje em Jales (SP) que a Justiça Eleitoral não pode ter "dois pesos e duas medidas", numa referência aos elogios feitos pelo governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), ao candidato tucano à Presidência, José Serra.
A vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, considerou "caso de abuso de poder político" as declarações elogiosas que o presidente Lula fez a Dilma em evento oficial ocorrido na terça-feira.
Já sobre as declarações de Goldman, Cureau afirmou que também configuram abuso de poder político. "Não pode, falando oficialmente como governador, dizer as coisas boas que Serra fez. Ele está indicando à população que Serra é a pessoa ideal para governar o país."
Ela ainda não decidiu se vai abrir procedimento para apurar as declarações do governador, mas destacou que o PSDB tem demonstrado mais zelo e respeito à Lei Eleitoral do que o PT.
"Não vou entrar nessa polêmica com a procuradora", afirmou Dilma hoje. "Agora, acho que não se pode na vida ter dois pesos e duas medidas."
Dilma visitou Jales acompanhada do seu candidato a vice, Michel Temer (PMDB), do candidato a governador Aloizio Mercadante (PT-SP), dos candidatos paulistas ao Senado Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PC do B) e de seu assessor especial Antonio Palocci.
A petista atribuiu sua rouquidão ao frio que pegou no Sul e ao comício de ontem no Rio.
"Ti-ti-ti"
Ao ser questionado sobre os elogios que recebeu do governador de São Paulo, Serra se limitou a dizer que "hoje, aqui em Ilhéus, não vai ter ti-ti-ti".
O tucano participou de uma caminhada pelo centro de Itabuna (também no sul da Bahia) e depois visitou bairros periféricos de Ilhéus. Ele falou sobre o aumento da violência e do tráfico de drogas na região e sobre a situação da lavoura cacaueira.
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