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MT Eleições 2014
Sexta - 16 de Julho de 2010 às 08:19
Por: Romilson Dourado

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Brigados, Serys Marly e Carlos Abicalil invertem papeis; em 2002, ela disputou o Senado e, ele, à Câmara Federal
Brigados, Serys Marly e Carlos Abicalil invertem papeis; em 2002, ela disputou o Senado e, ele, à Câmara Federal

Em meio a confrontos nunca vistos, mesmo se tratando de dois líderes e referências do PT no Estado, Serys Marly e Carlos Abicalil resolveram inverter os papeis na campanha eleitoral deste ano. Ela concorre à deputada federal, enquanto ele vai tentar vaga de senador. Em 2002, foi o contrário. Serys entrou no páreo ao Senado e conquistou a segunda vaga, enquanto Abicalil garantiu cadeira na Câmara Federal. Ambos já concorreram, sem êxito, a governador. Abicalil, em 1998 e, Serys, no pleito de 2006.

Sob argumento de que o deputado e presidente regional da legenda petista promoveu manobras para tirá-la do projeto à reeleição, Serys endureceu o discurso. Avisa que não vai apoiar a candidatura do colega ao Senado. Para piorar, a senadora passou a ignorar a decisão sacramentada na convenção, de fazer parte da coligação Mato Grosso em Primeiro Lugar, composta por 11 partidos (PMDB, PP, PRB, PT, PTN, PSC, PR, PHS, PTC, PRP e PC do B) e que tem o governador Silval Barbosa como candidato à reeleição. Ela está com um pé na aliança governista e, com o outro, apoiado no projeto de Mauro Mendes (PSB) ao Paiaguás e com Pedro Taques (PDT) para senador.

Por causa das brigas internas, o petismo corre risco de perder mais espaço. Já enfrenta desgaste devido ao envolvimento de várias lideranças em escândalos, como do dossiê antitucanos, do mensalão e do caixa 2. Pela primeira vez nos últimos 16 anos, o partido abriu mão de lançar candidatura própria ao governo do Estado. Como o clima de racha prossegue, mesmo após os embates da convenção, a tendência é de cada grupo tentar salvar seus representantes. Assim, um bloco se une na esperança de eleger Serys deputada federal, enquanto outros mergulham na campanha em defesa de Abicalil ao Senado. No fundo, um torce pelo fracasso do outro. Na contramão da história, ao invés de se unir pelo poder, os petistas se dividem.





Fonte: RD News

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