Campanha “Ministério do Trabalho agoniza” ganha força de representantes de vários sindicatos

Vinte representantes de movimentos sindicais de Mato Grosso e também da sociedade civil organizada manifestaram em alto e bom som apoio aos servidores da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) no lançamento da campanha “Ministério do Trabalho Agoniza” na quinta-feira, 15 de julho.

O evento dos servidores administrativos marca o descontentamento junto ao Governo Federal no que se refere aos baixos salários, nenhuma perspectiva de Plano de Cargo e Carreiras, a defasagem da mão-de-obra e as péssimas condições de trabalho.

Para a diretora do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso (Sindsep-MT), Eliete da Costa, é bem pertinente lembrar o ditado “Casa de ferreiro, espeto de pau”. “Enquanto o Ministério do Trabalho cuida dos trabalhadores, quem cuida de nós?”, indagou.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo , Luciênio Benedito dos Reis, que é usuário da SRTE, destacou que aos longo dos anos está cada vez mais deficiente as condições de atendimento para os trabalhadores e a população.

“Existem pessoas que chegam à SRTE na madrugada para garantirem o lugar na fila e o atendimento. Por volta de 4h30 já tem gente na porta. Antes quando eu precisava do Ministério do Trabalho para alguma mesa de negociação a demora era de uma semana, atualmente chega há seis meses”, analisou Luciênio.

Estima-se que mais de vinte pessoas que procuram atendimento todos os dias tenham que voltar para casa sem consegui-lo. O plantão fiscal atende uma demanda de 50 solicitações, mais 50 emissões de seguro desemprego e a média de 15 de carteiras de trabalho. Na sexta-feira, 16 de julho, a categoria continua a campanha no bairro do Porto, na porta da SRTE para esclarecer a população sobre os problemas ocorridos.

Os trabalhadores enviaram convites para todos os parlamentares de Mato Grosso, mas somente o deputado estadual, Adalto de Freitas, esteve presente no evento.