Boeing eleva previsão de demanda global de aviões
A fabricante norte-americana de aviões Boeing elevou suas previsões para demanda de novos aviões graças ao crescimento das companhias aéreas de baixo custo, substituição de aeronaves menos eficientes e recuperação econômica.
A empresa informou nesta quinta-feira que espera pedidos mundiais de 30.900 aviões novos nas próximas duas décadas, alta de 6,5% ante a previsão no ano passado de 29 mil.
Segundo ela, as novas encomendas equivalem a US$ 3,6 trilhões, 12,5% acima dos 3,2 trilhões de dólares estimados um ano atrás.
"Uma previsão de PIB ligeiramente maior, aumento na demanda substitutiva e crescimento das operadoras de baixo custo nos mercados emergentes estimularão a demanda", disse Randy Tinseth, vice-presidente de marketing da divisão de aviões comerciais da Boeing, a repórteres.
A perspectiva da Boeing para 2029 se antecipa a maior feira do setor na semana que vem, em Farnborough, perto de Londres. A empresa estima que a Europa precisará de 7.190 novos aviões até 2029, avaliados em US$ 800 bilhões.
A companhia espera que o tráfego aéreo cresça 5,3% ao ano até 2029, com o número de passageiros subindo 4,2% ao ano.
Nesse período a região da Ásia-Pacífico superará a América do Norte como o maior mercado aéreo do mundo em tráfego.
A crescente volatilidade no preço do combustível continuará a moldar a indústria. A Boeing espera que o preço do petróleo fique entre US$ 75 e US$ 85 no próximo ano e entre US$ 70 e US$ 90 por barril nos próximos 20 anos.
"Uma vez que o petróleo esteja em US$ 90 o barril, as fontes alternativas de combustível se tornarão viáveis, o que traria o preço no mercado novamente para US$ 90 o barril", disse Tinseth.
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