Magistrados investigados começam a ser ouvidos pelo CNJ no dia 20
Afastados por acusação de venda de sentença, o ex-presidente do Tribunal Regional de Mato Grosso (TRE-MT), desembargador Evandro Stábile, e o juiz-membro do TRE, Eduardo Jacob, vão responder a Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sob a relatoria do Corregedor Nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp.
Ambos começam a ser ouvidos a partir do próximo dia 20 por membros da Corregedoria que virão ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT). Também afastados pela ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o desembargador José Luiz de Carvalho e o juiz Círio Miotto, citados no inquérito da operação Asafe, prestarão depoimento na mesma data como testemunhas.
A instauração do PAD foi motivada pelas investigações, que vem sendo realizadas desde 2007 e fez uma devassa nas decisões do Judiciário mato-grossense, que culminou na prisão de nove envolvidos no esquema, em maio passado. Todos os advogados e lobistas foram soltos após uma semana em prisão temporária.
Além da esposa do desembargador aposentado José Tadeu Cury, Célia Cury, e da lobista Ivone Reis Siqueira, tidas como centros da organização criminosa, a Polícia Federal prendeu ainda o ex-prefeito de Alto Paraguai, Alcenor Alves de Souza, e os advogados Alessando Jacarandá, Rodrigo Vieira Komochena, genro de Célia, Santos de Souza Ribeiro, Max Weizer Mendonça e Cláudio Emanuel Camargo. Até mesmo o assessor do gabinete de Tadeu Cury, Jarbas Nascimento, acabou sendo detido por manipulação de decisões.
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