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Quinta - 15 de Julho de 2010 às 09:28
Por: Jardel Arruda

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O candidato ao governo de Mato Grosso Wilson Santos (PSDB) declarou não ter dúvidas de que a reprovação das contas referentes à disputa pela Prefeitura de Cuiabá em 2008 é uma sentença vendida pelo desembargador Evandro Stábile e pelo juiz eleitoral Eduardo Jacob, ambos afastados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A afirmação foi dita durante discurso às lideranças partidárias do DEM aliadas ao candidato a vice Dilceu Dal" Bosco (DEM), no auditório da FIEMTEC, na noite de quarta-feira (14).

"Essas pessoas (desembargador afastado Evandro Stábile e juiz eleitoral afastado Eduardo Jacob), não tenham dúvida alguma, que venderam minha sentença e venderam caro", discursou Santos aos Democratas. O tucano lembrou que ambos os magistrados, os quais votaram pela reprovação das contas, foram afastados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suposto envolvimento em esquema comprovado de venda de sentenças. 

O ex-prefeito de Cuiabá ainda lembrou de um dos indícios de irregularidades nas finanças dos magistrados, a compra de três apartamentos de alto padrão de uma só vez. "O Stábile, ganhando vinte mil (reais) por mês, comprou três apartamentos de uma só vez. E quem ia lá pagar todo mês cinquenta, cem mil (reais) era o Jacob. Como que alguém ganhando vinte paga cem por mês?"

As declarações sobre a sentença vieram um pouco depois de ele pedir calma aos Democratas em relação a um possível indeferimento de sua candidatura, situação decorrente da não expedição do documento de quitação eleitoral, devido à reprovação das contas da campanha de 2008. "Isso é só uma questão de tempo. Mais cedo ou mais tarde estará tudo resolvido".

Além do então presidente do TRE, Evandro Stábile, e Jacob, o juiz Cirio Miotto e o desembargador José Luis de Carvalho também foram afastados pelo STJ em junho deste ano por suposto envolvimento no esquema de vendas de sentença.

Conforme divulgou com exclusividade pelo Olhar Direto, Evandro Stábile adquiriu três apartamentos pela quantia de R$ 1,47 milhão. As últimas prestações, com valores de R$ 50 mil, foram pagas pelo juiz eleitoral Eduardo Jacob, como relembrou o ex-prefeito Wilson Santos. Além disso, há fortes indícios do envolvimento do então presidente do TRE com a advogada Célia Cury, esposa do desembargador aposentado José Tadeu Cury, apontada como peça central dos esquemas.

As investigações foram iniciadas em 2006 com a Polícia Federal de Goiás, que na época apurava o tráfico de drogas, e acabou detectando a existência de envolvimento de magistrados em corretagem de decisões. O caso foi informado ao STJ, que repassou as investigações para Mato Grosso.






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