Investigações no judiciário de MT iniciaram em 2006 com aval do STJ
A investigação da suposta participação de juízes e desembargadores de Mato Grosso em esquema de venda de sentenças iniciou-se em 2006 por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Escutas telefônicas de uma operação da Polícia Federal deflagrada em Goiás para desmantelar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas ofereceram indícios de magistrados mato-grossenses envolvidos em esquema de venda de decisões judiciais.
De acordo com investigações da Polícia Federal, a base do grupo criminoso surgiu no Tribunal de Justiça (TJ/MT) e, posteriormente, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), este último tem em sua composição representantes da Justiça Estadual, Federal, advogados legalmente registrados na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MT) e mais a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), responsável pela emissão de pareceres nos processos. Integrantes do suposto esquema teriam cometido crimes de exploração de prestigio, formação de quadrilha, corrupção ativa e corrupção passiva. O grupo cobraria, ao mesmo tempo, dinheiro para vender sentenças em decisões na Justiça comum e na esfera eleitoral para livrar políticos de pendências judiciais.
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