Sem Faustino na briga, Glorinha fica livre para eleição suplementar
A decisão do Tribunal Regional Eleitoral de realizar eleição suplementar em Santo Antonio de Leverger, mesmo quase dois anos depois do embate das urnas de 2008, reativou o confronto político entre os grupos da ex-prefeita Glorinha Garcia (PP) e do então prefeito reeleito e que teve o mandato cassado Faustino Dias (DEM). Enquanto o democrata, excluído do novo processo eleitoral porque está inelegível, fará campanha pela eleição do prefeito em exercício Harrison Benedito (PSDB), que respondia pela presidência da Câmara Municipal, Glorinha começa a colocar o bloco na rua, como principal voz da oposição.
Harrison é cunhado de Faustino. Atua como prefeito tampão há mais de um ano. Nesta terça (13), o Pleno do TRE determinou a realização de nova eleição. Assim, colocou fim a uma novela envolvendo a administração de Leverger. A decisão foi recebida como presente por Glorinha, que praticamente dava como “perdida” a realização de nova eleição. Desde a primeira decisão pela cassação de Faustino, a progressista vinha tentando, com vários recursos junto ao TRE e TSE, ser reconduzida ao cargo. Cobrava também celeridade, em caso de eleição suplementar, o que vai acontecer no início de setembro. Enquanto isso, Faustino foi condenado em vários processos e não obteve êxito nos recursos.
Nas urnas de 2008, Glorinha perdeu para Faustino por apenas 18 votos de diferença. Ela chegou a 5.758 votos. Faustino obteve 5.776. Além de Santo Antonio de Leverger, a Justiça Eleitoral deve marcar para os próximos dias a realização de eleição suplementar em Matupá. Dezenas de prefeitos foram cassados. Alguns conseguiram reverter a situação, enquanto outros saíram de cena de vez para dar espaço para aqueles que ficaram em segundo lugar ou então que tinham sido eleitos presidente de Câmara Municipal. Até agora, foram feitas eleições suplementares pós-eleições 2008 em dois municípios: Araguainha e em Novo Horizonte do Norte.
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