Comunidade quer ampliação do Porto de Santarém
A ampliação da capacidade do Porto de Santarém é fundamental para reduzir os custos com transporte da produção agrícola de Mato Grosso e, ao mesmo tempo, aumentar os investimentos nas regiões produtoras e no entorno das rotas por onde a produção é escoada. Esses benefícios foram mostrados durante a audiência pública realizada nesta quarta-feira (14.07) em Santarém para discutir o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) do terminal da Cargill.
Atualmente, a empresa exporta cerca de 1mihão de toneladas por ano da soja produzida em Mato Grosso, mas a expectativa é de que o escoamento poderá chegar entre 6 milhões de toneladas e 8 milhões/t com a ampliação do terminal público e a viabilidade do fluxo de cargas pela BR-163.
“Pudemos perceber o apoio da comunidade local, que entendeu a importância do desenvolvimento econômico, social e ambiental que a ampliação do porto trará. Ordem e progresso é o que está escrito na nossa bandeira brasileira e é o que o produtor rural tem feito, enquanto algumas organizações, por questões meramente ideológicas, pregam a desordem e o retrocesso”, afirma o presidente da Aprosoja Glauber Silveira da Silva.
Segundo a administração da Companhia Docas do Pará (CDP) em Santarém, a previsão é de que a capacidade de movimentação de cargas de grãos no porto público chegue a 10 milhões/t a partir dos próximos quatro anos, com os investimentos que virão também de outras empresas. O Grupo Bom Futuro, por exemplo, quer construir um terminal que na primeira fase terá capacidade para 3 milhões/t.
“O porto de Santarém está se preparando e o único fator limitante atualmente será resolvido com a dragagem que a CDP e a Marinha farão para ampliar o calado em Barra Norte, próximo a Marajó (ilha) que dá saída para o Atlântico”, afirma o administrador da CDP em Santarém Celso Lima. Ele informa que o calado do porto é de 11,5 metros na época da vazante e sobe para 18 metros no período de cheia.
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