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Eike vende o controle da LLX por R$ 1,3 bilhão
A LLX anunciou nesta quarta-feira operação que, se concluída, culminará na transferência do controle da companhia de logística do grupo EBX, do empresário Eike Batista, para a empresa americana EIG Management Company.
A LLX firmou um termo de compromisso para receber da empresa do setor de energia EIG Management Company R$ 1,3 bilhão, que permitirão à empresa de logística executar o Porto do Açu, um arrojado projeto localizado no Norte fluminense previsto para operações de minério de ferro, petróleo, entre outros produtos.
"Quando a operação for concluída o Grupo EIG se tornará o novo acionista controlador da LLX", informou a LLX em comunicado nesta quarta-feira.
"O atual acionista controlador deixará de integrar a administração da Companhia, mas continuará a ser um acionista relevante, e preservará o direito de indicar um membro do conselho de administração da LLX", acrescentou a empresa de logística em comunicado divulgado após o fechamento do mercado.
Esta é a segunda vez que Eike Batista aceita deixar o controle de uma das empresas do grupo EBX. Eike deixou a presidência do Conselho de Administração da empresa energia MPX e vendeu a maior parte da sua participação para a companhia alemã E.ON em julho.
A capacidade financeira do grupo EBX de concluir as obras do Porto do Açu, um dos principais projetos de Eike Batista, era uma das principais preocupações de especialistas, investidores e credores do grupo EBX. Nesta quarta-feira, as ações da LLX tiveram a maior alta do Ibovespa, com ganho de 17,05%, fechando a R$ 1,51.
A operação, entretanto, ainda está sujeita à celebração de contratos definitivos, aprovações regulatórias e societárias aplicáveis, "além da finalização de due diligence satisfatória pelo Grupo EIG", entre outras condições.
As ações que serão emitidas em decorrência do aumento do capital terão o preço de emissão fixado em R$ 1,20.
A LLX explicou que o grupo EIG se comprometeu a subscrever a totalidade das ações que poderiam ser subscritas pelo acionista controlador, que "cederá gratuitamente seu direito de preferência ao Grupo EIG".
A empresa EIG deverá subscrever ainda a totalidade das ações não subscritas pelos acionistas minoritários, até o limite total de subscrição no montante de R$ 1,3 bilhão.
Salvação
"Os recursos provenientes deste aumento de capital somados às linhas de crédito existentes deverão prover a companhia com os recursos necessários na execução do plano de investimento de capital da Companhia na Construção do Superporto do Açu, além de reforçar sua estrutura de capital", justificou a empresa de Eike Batista.
Baseada em Washington, a EIG é uma instituição líder no setor de energia global com US$ 12,8 bilhões sob gestão segundo dados do final de junho. Já investiu mais de US$ 15 bilhões no setor por meio de 280 projetos ou companhias em mais de 33 países.
Entre seus clientes, a EIG possui fundos de pensão, seguradoras, fundos soberanos nos Estados Unidos, Ásia e Europa.
Queda
A desconfiança de investidores com as empresas "X" teve início após seguidas frustrações com a produção de petróleo da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso de Eike. A empresa de petróleo de Eike decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas na bacia de Campos antes consideradas promissoras.
Eike, que em 2012 estava na lista dos dez homens mais ricos do mundo, viu sua fortuna desabar nos últimos meses, depois que seus projetos ambiciosos não entregaram os resultados prometidos - a maioria na área de infraestrutura e energia.
Diante da derrocada do valor de mercado das controladas da EBX na Bovespa nos últimos meses, Eike contratou em março o banco de investimento BTG Pactual como assessor financeiro para encontrar alternativas para o grupo.
Fonte:
Reuters
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