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MT Eleições 2014
Quarta - 14 de Julho de 2010 às 07:36
Por: Sonia Fiori

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A decisão da senadora Serys Slhessarenko (PT) de disputar vaga à Câmara Federal afunila o apoio do partido para o candidato à reeleição, governador Silval Barbosa (PMDB), mas abre precedentes para nova celeuma interna. A legenda ainda não se posicionou oficialmente sobre a mudança de posição da senadora. Como não participou da convenção do PT na condição de postulante, ela precisa ter seu nome “validado” pela sigla para dar prosseguimento à candidatura.

Presidente regional do PT, Carlos Abicalil disse ontem que a direção da legenda aguarda a comunicado da senadora, informando a disponibilidade de seu nome para disputar vaga à Câmara Federal. Ele lembrou que a sigla recebeu de Alencar Farina, na segunda-feira, documento que informa sua desistência da disputa “para ser substituído pela candidatura de Serys”. Mas ressaltou a necessidade de envio de documento por ela – para referendar a possível opção pela vaga à Câmara Federal.

A parlamentar, que participou ontem da XI Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe, em Brasília, teria mencionado a possibilidade de Abicalil não fazer esforços para sua candidatura. Os discursos dos dois principais líderes do Partido dos Trabalhadores apontam para a continuidade do imbróglio desencadeado desde o processo interno que definiu Abicalil como candidato ao Senado.

Com a inserção dela na lista de postulantes ao cargo de deputado federal, candidato à Câmara Federal como o deputado estadual Ságuas Moraes avisa: “A decisão da senadora deve somar. Mas esperamos que ela venha por inteiro”.

O parlamentar destacou ainda que existem no partido definições que precisam ser assumidas enquanto projeto macro. Fez questão de frisar a importância de não ocorrer resistências na legenda, para o fortalecimento da sigla.

A ‘deixa’ do parlamentar soa como recado para Serys. Ságuas destacou que não basta apenas a senadora optar pela disputa ao Senado, mas assumir o projeto da legenda de forma geral. Dessa maneira, ele cobra apoio de Serys para as candidaturas ao governo de Silval Barbosa (PMDB)e para os candidatos ao Senado, ex-governador Blairo Maggi (PR), e, principalmente, para Abicalil – que também disputa a senatória.

Ele negou rumores de que poderia rever seu projeto político por temer perdas eleitorais com a inserção do nome da senadora na disputa.

Entretanto, admitiu que Serys causará prejuízos com perda de 10% a 15% dos votos que seriam contabilizados para o nome dele. Mesmo assim, afirma que seu projeto político não será atingido. “Foram feitos estudos sobre os cenários de composição. Então, foram montadas chapas com base nessas análises. Com o nome dela esse quadro poderia ou não mudar. Talvez fosse preciso refazer a construção desses procedimentos, mas agora não é mais possível”, explicou.

Depois de ser derrotada por Abicalil nas prévias do PT para a disputa ao Senado pelo partido, a senadora declarou apoio ao candidato ao governo, Mauro Mendes (PSB). Com a definição de apoio ao PT para a chapa majoritária encabeçada pelo governador Silval Barbosa (PMDB), o respaldo para Mauro foi levado por terra – oficialmente.






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