Vagas remanescentes ainda podem mudar cenário político

Com 90 candidatos a deputado federal e 292 a estadual, os eleitores ainda podem ver esse número aumentado nas urnas. De acordo com a legislação eleitoral, cada grupo pode registrar uma quantidade de candidatos equivalente a até 300% o número de vagas disponíveis para o cargo, ou seja, cada chapa poderá ter 24 nomes na disputa à Câmara e 72 à Assembleia. No caso dos partidos que não se coligaram, como Psol, os inscritos não podem exceder o dobro das vagas oferecidas.

Encerrado o prazo para o registro das candidaturas pelos partidos e do requerimento de registro individual dos candidatos, apenas duas coligações para a disputa à Câmara registraram o número máximo permitido. As oito vagas de deputados federais de Mato Grosso serão disputadas por quatro coligações e mais dois partidos que concorrerão isoladamente. Já a corrida à Assembleia terá cinco coligações e outros dois partidos em busca de uma das 24 vagas. Neste caso, nenhum grupo chegou ao número máximo permitido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Diante dessa determinação, a legislação ainda prevê que os pré-candidatos que tiveram seus nomes aprovados na convenção de seu partido têm até 5 de agosto para pleitear uma das vagas remanescentes. Existe também a possibilidade de um candidato já registrado retirar sua candidatura e outro se inscrever no lugar dentro deste prazo.

A garantia ainda pode trazer suspresas no processo eleitoral, que até a data final para o deferimento das candidaturas pode sofrer alterações. Um exemplo deve ser a retirada do registro de Flávio Gomes (PT) para que a senadora Serys Marly (PT) participe das eleições em seu lugar como candidata a deputada federal. Isso porque o PT é uma das legendas da coligação “Mato Grosso em 1º Lugar II”, que já inscreveu 24 candidatos. Além dos nove petistas, a disputa terá sete candidatos do PMDB e oito do PR.

A outra chapa que completou o número de vagas é a “Mato Grosso Melhor pra Você”, que conta com o PSB, PDT, PPS e PV. Na composição, que se lançou com o objetivo de conquistar duas vagas no Legislativo federal, o partido que briga com maior número de registrados por uma das vagas é o PDT, que indicou dez nomes. Contudo, os dois principais nomes na disputa do cargo são o do deputado deferal Valtenir Pereira (PSB) e do suplente Eduardo Moura (PPS).

Os dois partidos que seguem isolados na conquista de uma vaga na Câmara são PCdoB e Psol. Ambos indicaram apenas dois candidatos ao cargo cada. Na Assembleia, o Psol permanece sozinho com dois candidatos. O PP também não contará com outros partidos para tentar eleger seus 31 candidatos.

No total, são 90 pleiteando uma vaga de deputado federal, mas o número pode chegar a 112 se todas as composições quiserem atingir a cota máxima. Para a conquista de uma cadeira de deputado estadual, que já conta com 292 candidatos, ainda podem ser registradas mais 164 nomes.