A alta nas vendas desse segmento corresponde a 30,2% do crescimento no volume comercializado pelo comércio varejista em maio deste ano em relação a 2009, que foi de 10,2%.
"Houve uma antecipação de compra de eletrodomésticos, principalmente TVs, para a Copa do Mundo, que aconteceu em junho. Além disso, o Dia das Mães e o contínuo aumento do crédito também contribuíram", disse Reinaldo Pereira, economista da coordenação de serviços e comércio do IBGE.
O técnico do IBGE ressaltou ainda que o aumento dos salários e a queda do desemprego foram pontos importantes para a recuperação do varejo em maio.
Se na comparação com maio do ano passado a alta de 10,2% significou a aceleração do ritmo de crescimento do volume de vendas em relação ao avanço de 9,2% de abril, na comparação com o mês imediatamente anterior, houve alta de 1,4%, depois de uma queda de 3,1% em abril.
"No mês passado, dissemos que a queda das vendas na margem havia sido pontual, um ajuste depois de seis meses seguidos de alta. Agora, o varejo volta a crescer", disse Pereira.
Entre abril e maio, seis das dez atividades do comércio varejista registraram aumento no volume de vendas, enquanto em abril apenas duas tinham apresentado resultado positivo. Na série com ajuste sazonal observa-se ainda o efeito do fim da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Móveis e eletrodomésticos apresentaram queda de 0,3% no volume de vendas, a terceira baixa seguida.
Apesar do fim do IPI, Pereira acredita que o resultado de maio indica que o varejo brasileiro recuperou um bom ritmo de crescimento.
"Certamente, quando há uma economia crescendo, espera-se que o comércio cresça", destacou.
(Com informações do Valor Online)
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