Saldo do endividamento em MT cresce 33,24% no 1° semestre
O saldo do endividamento no primeiro semestre de 2010 mostra que a população está aumentando o nível de consumo, porém a inadimplência mantém curva descendente. Segundo levantamento do Sistema Crediconsult, da Federação das Associações Comerciais do Estado de Mato Grosso (Facmat), no acumulado dos primeiros seis meses do ano o endividamento do consumidor mato-grossense atingiu o montante de R$ 54,439 milhões, representando um incremento de 33,24% em relação ao saldo registrado no primeiro semestre de 2009, de R$ 40,859 milhões. Em número de registros (inclusões de consumidores inadimplentes), o crescimento não passou de 5,02%, avançando de 216,371 mil no primeiro semestre do ano passado para 227,238 mil em 2010.
No mês de junho, as inclusões apresentaram variação de 20,24% em relação a igual mês do ano passado, avançando de R$ 6,836 milhões para R$ 8,220 milhões. Já o número de registros passou de 33,125 mil para 42,489 mil, incremento de 28,26%.
“O primeiro semestre foi positivo para o consumidor, que teve a oportunidade de consumir mais sem exagerar nas dívidas, dentro de planejamento orçamentário balizado na sua capacidade de pagamento”, analisa o superintendente da Facmat, Manuel Gomes.
Segundo ele, o tempo está ensinando as pessoas a fazer um bom planejamento dos gastos. “As pessoas estão ficando mais conscientes e atentas à questão financeira e sabem que o endividamento desenfreado não é bom. A população finalmente consegue dosar o nível consumo à sua real capacidade de pagamento, pois sabe que a adimplência oferece muitas oportunidades de aquisição em condições atrativas”, frisa.
Para ele, o consumo tende a continuar aquecido, mesmo porque o mercado é inovador. “As lojas sempre estão apresentando novidades em diversos segmentos do comércio, como vestuário, calçados e eletroeletrônicos em condições atrativas”.
O levantamento da Crediconsult mostra também o montante das dívidas acumuladas entre 2005 e 2010 (R$ 195,822 milhões) apresentou uma variação de apenas 4,99% em relação ao período 2004-2009, que registrou um acumulado de R$ 186,518 milhões. Em termos de registros, o crescimento foi de 5,96%, saindo de 514,885 mil (2004-2009) para 545,566 mil, no último período. (Veja quadro ao lado)
EXCLUSÕES – Os números do Crediconsult/Facmat mostram um aumento de 70,90% no valor das exclusões no primeiro semestre deste ano, que passou de R$ 27,872 milhões para R$ 47,633. Já o número de registros aumentou de 100,499 mil para 132,786 mil de 32,13% no número de registros na comparação entre o primeiro semestre deste ano e o mesmo período de 2009. Comparando-se os dois indicadores – exclusões (32,13%) e inclusões (5,02%), tem-se uma queda de inadimplência de 27,11% no primeiro semestre de 2010.
Manuel Gomes atribui a expansão dos números neste primeiro semestre ao fato de que mais empresas estão procurando resgatar o capital de giro face à velocidade e ao custo [reduzidos] dos serviços oferecidos pelo Crediconsult. “O cenário é promissor por conta da estabilidade econômica e do bom momento vivido pelo Estado, inclusive na questão da infraestrutura, que vem melhorando e atraindo mais investimentos”, avalia Gomes.
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