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Terça - 13 de Julho de 2010 às 08:37
Por: Rafael Costa

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Mozart defende ‘faxina geral’ no Tribunal de Mato Grosso
Mozart defende ‘faxina geral’ no Tribunal de Mato Grosso

Presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares, considera a situação do Judiciário de Mato Grosso a pior do país. Segundo ele, trata-se da mais grave crise institucional enfrentada atualmente pelo Judiciário brasileiro. "Este quadro lamentável será revertido somente por meio de ações concretas dos homens que a representam", afirmou.

Em entrevista exclusiva dada ao jornal A Gazeta, Valadares defendeu uma reforma administrativa no Judiciário de Mato Grosso, que permita mais transparência das ações e, posteriormente, uma maior aproximação com a sociedade. "É necessária, urgentemente, implantar uma campanha de esclarecimentos a sociedade. São medidas viáveis a divulgação dos gastos mensais em sua página na Internet, implantação de metas que deem mais celeridade na apreciação dos processos, o que implica no aumento da produtividade. Enfim, abrir canais de diálogo com a sociedade para levar ao entendimento do contribuinte, que paga a carga tributária mais alta do mundo, de que a Justiça está pronto para atendê-lo e servi-lo em tempo hábil".

Mesmo com a sequência de escândalos que culminou na aposentadoria compulsória de quatro desembargadores e sete juízes, Valadares assegura que acredita na recuperação da credibilidade do Tribunal de Justiça (TJ/MT). "Não podemos generalizar e colocar todos numa vala comum. Estive recentemente em Cuiabá e tenho a certeza de que tem homens de bem representando a Justiça mato-grossense. Não perco a confiança na magistratura e somente uma aproximação mais forte com a sociedade vai levar a separação dos bons e maus magistrados". Conforme A Gazeta divulgou com exclusividade, a gestão do desembargador José Ferreira Leite (2003-2005) omitiu a publicação oficial de uma decisão administrativa que incorporou benefícios da lei federal 10.474/2002 à magistratura estadual, gerando prejuízos de R$ 33,5 milhões aos cofres públicos. A decisão configura em ato secreto por violação ao artigo 37 da Constituição Federal (lei maior do país). "Esse é mais um lamentável exemplo de que o modelo de gestão do Judiciário mato-grossense deve ser repensado imediatamente".





Fonte: A Gazeta

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