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Polícia Brasil
Quarta - 14 de Agosto de 2013 às 16:15

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Mais três suspeitos de atearem fogo e matarem o dentista Alexandre Peçanha Gaddy, em maio deste ano, foram detidos na última segunda-feira (12) pela Polícia Civil. A Secretaria Estadual de Segurança Pública divulgou nesta quarta-feira (14) que três menores foram apreendidos em São José dos Campos, no interior paulista: duas garotas, uma de 15 e outra de 17 anos, e um adolescente de 17 anos.


 
Em junho, dois homens acusados de invadir o consultório e atear fogo contra o corpo de Gaddy já haviam sido presos. Na ocasião, a polícia disse que investigava a participação de três menores no crime. As meninas foram encontradas em casa enquanto o garoto estava em uma escola.


 
Os adolescentes foram encaminhados à Vara da Infância e Juventude, que expediu os mandados de apreensões.


 
O caso


 
Gaddy morreu no dia 3 de junho. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, na zona oeste de São Paulo. No dia do assalto, o dentista havia ficado até mais tarde no consultório para esterilizar equipamentos.


 
A Polícia Militar foi chamada depois que vizinhos ouviram gritos de socorro de Gaddy e viram fogo no interior do estabelecimento. Quando os policiais chegaram, perceberam que havia muita água no chão. Essa foi uma tentativa desesperada do dentista em apagar as chamas.


 
A vítima estava consciente quando a polícia chegou. Gaddy disse que dois homens entraram no consultório, anunciaram o roubo e, quando ele foi retirar o celular do bolso, jogaram álcool nele e atearam fogo. No banheiro, onde foi queimado, estavam a embalagem do produto e o isqueiro usados no crime.


 
Alexandre Peçanha Gaddy foi levado ao Pronto-Socorro Municipal de São José dos Campos, na Vila Industrial. No dia seguinte, foi transferido para o setor de queimados da Santa Casa da cidade onde permaneceu até o dia 30 de maio, quando foi novamente transferido, desta vez, para o Hospital Albert Einstein.


 
São Bernardo do Campo


 
Outro caso envolvendo uma dentista chocou o País em abril deste ano. Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, foi queimada viva durante um assalto dentro de seu consultório, na rua Copacabana, bairro do Jardim Anchieta, em São Bernardo do Campo. De acordo com a Polícia Militar, Cinthya atendia a uma paciente — cujo nome não foi divulgado — quando criminosos apertaram a campainha. Um dos bandidos disse que precisava de atendimento odontológico e a dentista abriu o portão. Logo, mais dois invadiram a casa. A paciente ficou com os olhos vendados durante toda a ação e teve a bolsa, o celular e dinheiro roubados.


 
Cinthya disse que estava com pouco dinheiro, mas forneceu o cartão do banco e a senha. Os criminosos sacaram R$ 30 da conta da dentista em um banco próximo ao local do crime.


 
Segundo a paciente, única testemunha do crime, por volta das 12h30, a dentista começou a passar mal e, um dos bandidos, que aparentava ser menor de idade, resolveu encharcá-la com álcool para assustá-la. Segundo informações da polícia, eles queimaram a vítima por não terem conseguido levar mais dinheiro.


 
De acordo com o delegado seccional de São Bernardo, Waldomiro Bueno Filho, a paciente — que não ficou ferida — conseguia ouvir a dentista gritando "não faz isso" e pedindo socorro.


 
— Ela tentou apagar o fogo quando os bandidos fugiram, mas não foi possível. A dentista morreu em menos de três minutos.





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