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Cidades/Geral
Segunda - 12 de Julho de 2010 às 21:00
Por: Ronaldo Pacheco

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Há pelo menos duas semanas, os moradores de Cuiabá, principalmente convivem com o lixo acumulado e a fedentina nas portas de suas casas, prédios e comércios. O relaxamento na coleta de lixo tem revoltado os moradores, porque até mesmo nos bairros das classes média e alta, na Capital, o serviço não tem sido mantido a regularidade.

A promessa da Prefeitura de Cuiabá, em inserção paga de comunicado nos veículos de comunicação da Capital, de que o serviço seria normalizado no final de semana, não se concretizou. Por isso, a União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb) reiterou o apelo à municipalidade para que a coleta seja colocada em dia.

“Milhares de famílias estão sendo prejudicadas e há, inclusive, risco à saúde de crianças, deficientes físicos, idosos e gestantes por causa do acúmulo de lixo na cidade”, denuncia o presidente da Ucamb, Édio Martins de Souza, que, nas últimos dias, recebeu centenas de reclamações.

Mãe de quatro filhos, separada, a doméstica Marilza da Silva Ribeiro, de 49 anos, que reside no CPA-IV há 11 anos, lamenta a falta de coleta regular de lixo. “Eles têm passado por aqui uma vez a cada 15 dias e isso é uma vergonha”, denuncia Marilza, se referindo à irregularidade na coleta do lixo.

Diante do problema, a moradora afirmou que o único meio de livrar-se de toda sujeira doméstica é “jogar o lixo em algum lugar da cidade”. E é por isso que surgem os lixões clandestinos: pela omissão da prefeitura.

O aposentado João Roberto de Moraes Alves, 78, percebeu a ausência do serviço há cerca de 10 dias. Ele reside no Pedra 90 desde 1994 e reclamou do que tem visto diariamente. “A gente tem que conviver com o mau cheiro e também com o aumento considerável de insetos e ratos”, lamenta João Roberto.

A presidente da Associação dos Moradores do Campo Verde da Esperança, Ângela Maria Moreira, explicou que, assim que notou a falha no sistema de coleta, procurou entrar em contato com a assessoria da Secretaria de Infra-estrutura de Cuiabá. Segundo ela, um assessor garantiu a resolução do problema ocorreria no dia seguinte. “Já se passaram duas semanas e nenhuma providência foi tomada”, aponta Ângela Maria.

A Secretaria de Infra-Estrutura da Capital (Seminfe) transfere a responsabilidade para a Quálix, empresa responsável pela coleta de lixo. E diversas vezes tanto a Seminfe quanto a empresa já foram notificadas, mas o problema continua sendo ignorada.

A coleta de lixo de Cuiabá ficou sem controle, difícil ser  normalizada, principalmente com o período de seca acentuada, quando as árvores perdem suas folhas. E, o que pior: o contrato com a empresa responsável pelo serviço foi prorrogado, ilegalmente, desde a administração Wilson Santos (2005-10), deixando a cidade virar um caos, como já é na saúde.

“A limpeza não é tratada com prioridade. O prefeito Chico Galindo segue os passos do antecessor Wilson Santos e, infelizmente, desdenha daqueles que pagam impostos”, lamenta o secretário geral da União Coxipoense de Associações de Moradores (Ucam), Paulo Pereira Sardinha.

“Não é novidade dizer que, desde a gestão Wilson Santos, agora, passando para Galindo, a prefeitura não cumpre promessas feitas para Cuiabá, mas isso já passou dos limites”, lamenta Édio Martins, lembrando que só na Grande Morada da Serra (CPA), hoje, fazem simplesmente 19 dias que o lixo está nas portas das casas, tornando as ruas o retrato do descaso.






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