PMDB trata saída de Sachetti com mais zelo que o próprio PR
A reunião da cúpula dos partidos que compõem a coligação “Mato Grosso em 1º Lugar”, transcorrida hoje entre 10h30 e 13h00 no comitê de campanha do governador Silval Barbbosa (PMDB), promete novas surpresas para ainda à tarde. Enquanto outras coligações falam em adesões e conquistas de espaços, as candidaturas de Silval Barbosa – a reeleição – e de Blairo Maggi, ao Senado, tratam de desmentidos e ensaiam um discurso de união.
O foco no final de semana ficou por conta da possibilidade de Moisés Sachetti, vice-presidente do diretório estadual do PR, deixar o partido. Ele não fala, mas especulações dão conta que se isso ocorrer o apoio poderá ser para o também ex-republicano Mauro Mendes que concorre ao governo pelo PSB . O fato de Blairo Maggi estar realizando campanha isoladamente pelo interior, com o chamado Estradeiro, que percorreu 1.500 km em três dias, entrou na discussão. E o próprio Blairo explicou que não poderia ficar esperando agenda do governador. E avisou aos jornalistas: “quem quiser ir na viagem pode se preparar”.
“Dois carrancudos não dão certo” disse Blairo referindo-se ao fato de que Sachetti não tenha sido indicado como seu vice ao Senado, argumentando ainda que ambos são da mesma base aliada – a região Sul de Mato Grosso, especificamente Rondonópolis.
Mas quando questionado sobre a possível saída de Sachetti do PR, Blairo Maggi disse que tentou o possível e concluiu com um “se sair não tem problema”. A mesma alusão feita a Mauro Mendes quando deixava vazar seu descontentamento dentro do PR.
Do outro lado da casa, cerca de 20 minutos após, o tema Moisés Sachetti foi tratado com mais cuidado pelo presidente regional do PMDB, o deputado federal Carlos Bezerra. “Como pode uma liderança como essa deixar o partido” – devolveu Bezerra a pergunta de jornalistas, citando qualidades de Moisés. “O que sei é que ele [Moisés] brigou com o Blairo, mas apóia Blairo e não Silval” – dá pra entender” – desconversando.
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