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Polícia Brasil
Domingo - 11 de Julho de 2010 às 04:03

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A polícia de Minas Gerais considera praticamente resolvido o assassinato de Eliza Samudio. O goleiro Bruno e outras oito pessoas teriam participação no crime.

Os locais suspeitos permaneceram com os portões trancados. As buscas ao corpo de Eliza Samudio foram suspensas.

“Essa investigação está praticamente chegando a uma decisão. Podemos concluir o seguinte: a Eliza está morta e a materialidade está indiretamente comprovada”, afirmou o delegado Edson Moreira.

Neste fim de semana, as atenções da polícia se voltaram para o casamento do chefe da Divisão de Homicídios em Unaí, no interior do estado.

“As pessoas envolvidas serão devidamente indiciadas e apresentadas à Justiça como autoras desse homicídio e ocultação do cadáver”, declarou Wagner Pinto, chefe da Divisão de Homicídios.

Para o advogado de Bruno, Ércio Quaresma, a polícia cometeu muitos erros na condução do inquérito. Ele anunciou que vai contratar uma equipe de peritos para contestar as provas e laudos reunidos até agora.

“Posso fazer um levantamento técnico, um laudo pericial dando conta de que aqui não existe sangue, aqui nunca existiu sangue. Eles estão trabalhando com prova testemunhal, eu vou trabalhar com prova técnica”.

Nove pessoas estariam envolvidas na morte de Eliza. Uma foto divulgada neste sábado (10) mostra uma tatuagem que Macarrão, amigo de Bruno, tem nas costas. A frase diz:
"Bruno e Maka, a amizade, nem mesmo a força do tempo irá destruir. Amor verdadeiro".

A avó materna do goleiro, Luceli Souza, que mora em Alcobaça, no interior da Bahia, disse que chegou a alertá-lo sobre as companhias. "Eu com você: se afasta dessa turma, desses parasitas, que ficam nas suas costas. O dia que você não tiver nada, o dia que você tiver algum problema e perder tudo, você não vai ter nenhum amigo. Esses são falsos amigos que estão te levando para o buraco, te levando pra derrota. Alguma coisa está por trás disso. Não consigo acreditar que o Bruno tenha feito uma coisa dessa”, disse;

O goleiro Bruno, Macarrão, Neném e mais três suspeitos, presos na noite de sexta, estão na penitenciária Nélson Hungria, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Sábado era dia de visitas no presídio, mas eles não puderam receber parentes, nem os advogados, que só têm autorização para conversar com os clientes durante a semana.

Os presos foram isolados em celas pequenas, de 6m² e sem comunicação entre elas. Em cada uma, há uma cama de concreto, uma latrina, uma pia e um chuveiro. Eles não podem assistir TV, nem ouvir rádio. O banho de sol também foi proibido.

Em 2000, Bruno vestiu o uniforme de uma outra penitenciária. Aos 16 anos, ele era o goleiro do time de funcionários do presídio de Ribeirão das Neves, cidade onde nasceu e começou a carreira.






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