Defesa estuda montar investigação paralela no caso do goleiro Bruno
"Estou vendo nomes de peritos que possam levantar dados técnicos. Um deles pode ser George Sanguinetti [legista que ficou conhecido no caso da morte de PC Farias, tesoureiro da campanha do ex-presidente Collor]."
A razão apontada por Quaresma é que, segundo ele, não existe nenhuma prova material contra seus clientes.
O intuito também é tentar desmontar a versão que a polícia mineira vem apresentando até agora, com base nos depoimentos de um menor e do primo do goleiro do Flamengo, Bruno --Sérgio Rosa Sales Camelo.
Quaresma é o defensor de Bruno, da mulher do atleta, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, de Flávio Caetano de Araújo e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha (amigos do jogador), e de Elenílson Vítor da Silva, administrador do sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG).
Dos nove envolvidos no caso, oito estão presos. O menor, apreendido pela Justiça.
O goleiro do Flamengo é suspeito de ser o mandante do crime. Luiz Henrique Romão, o Macarrão, é suspeito de ter sequestrado e presenciado a morte da modelo.
A mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, segundo a polícia, escondeu o bebê de Eliza a pedido de Macarrão, e está presa num presídio feminino.
Outro defensor dos suspeitos, que pertence à equipe de Quaresma, Frederico Franco, informou que eles não têm expectativa de obter o inquérito da polícia neste fim de semana e que, por isso, há possibilidade de ingressar com habeas corpus para os detidos nesta segunda-feira.
O inquérito, na opinião de Franco, é frágil e, para ele, é o principal motivo para a polícia não entregar a documentação aos defensores.
Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, Paulista ou Neném, suspeito de tê-la matado e ocultado o cadáver, é defendido por outro advogado. Santos nega envolvimento.
O primo de Bruno, Sérgio Camelo, também é representado por outro advogado sem vinculação com o escritório de Quaresma.
BEBÊ
A mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura, chegou no fim da noite de sexta-feira a Campo Grande (MS) com o bebê de cinco meses, suposto filho do goleiro Bruno. Ela conseguiu na Justiça a guarda do neto que estava com Luis Carlos Samudio, pai de Eliza, no Paraná.
A avó afirmou que manterá o nome do suposto pai na criança para respeitar a escolha de Eliza, mas está orando muito para o jogador Bruno não ser o pai. Ela não pretende pedir pensão alimentícia. "Seria muito difícil explicar para o meu neto o que aconteceu com a mãe."
Com a colaboração de SILVIA FRIAS, em Campo Grande
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