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Nacional
Sábado - 10 de Julho de 2010 às 09:57

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"Me f..., tinha um pré-contrato assinado com o Milan e perdi tudo. O patrocinador cancelou, o Flamengo suspendeu o contrato". Ao desabafar a policiais que o vigiavam no Departamento de Investigações, o goleiro Bruno lamentou principalmente a perda dos R$ 500 mil mensais que esperava receber do clube italiano em uma transferência já dada como certa pelo jogador.

Campeão brasileiro pelo time da Gávea no ano passado, o camisa 1 estava bastante valorizado no mercado europeu e era apontado como provável substituto do também brasileiro Dida em Milão, veterano atleta que já inclusive se despediu do antigo clube. Agora, envolvido em escândalo no caso Eliza Samudio, vê distante a chance de atuar fora do País.

Mesmo preso, Bruno fez questão de manter a pose. Nas saída da caçamba do carro da polícia, com as mãos para trás e vestindo macacão vermelho do presídio, ficou com a cabeça erguida, olhar fixo e concentrado de quem é acostumado a ser o centro das atenções nos estádios. Mas, em volta dele, em vez de torcedores, havia escolta com dezena de policiais.

Aos agentes, Bruno contou histórias sobre farras e bebedeiras ao lado de jogadores do clube. O episódio em que Adriano e sua ex-noiva Joanna Machado brigaram no Morro da Chatuba veio à tona. O goleiro disse que partiu para cima da modelo para evitar que ela quebrasse seu carro. Depois da confusão, para espairecer, foi andar a cavalo na favela.

Sobre o assassinato de Eliza, o goleiro disse que é inocente e que achava difícil que Macarrão tivesse participado. "Acho que a ficha ainda não caiu. Por isso ele continua marrento", opinou um policial. Bruno manteve a pose mesmo ao tirar a foto quando foi fichado no sistema penal mineiro, ao lado de Macarrão, Dayanne e Neném.

O caso
Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá.

A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayanne Souza foi presa, mas logo conseguiu a liberdade. Na manhã do dia 7 de julho, ela foi detida dentro de casa, em Belo Horizonte, Minas Gerais. 





Fonte: Terra

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