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Sábado - 10 de Julho de 2010 às 08:45
Por: Sonia Fiori

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A decisão do vice-presidente do Partido da República, Moisés, Sachetti, de renunciar ao cargo e de deixar a legenda, prenuncia uma possível vitória do grupo político liderado pelo candidato ao governo, Mauro Mendes (PSB), sobre o bloco adversário, encabeçado pelo governador e candidato à reeleição, Silval Barbosa (PMDB). Magoado com a escolha de José Aparecido dos Santos (PR), o Cidinho, para a primeira suplência do candidato ao Senado, Blairo Maggi, Moisés entregou ontem ao partido documento solicitando o desligamento do quadro. Ainda ontem a Executiva regional, sob o comando do presidente regional, Wellington Fagundes, decidiu pela elaboração de uma carta que pede a reconsideração dele.

Moisés, que avalia apoio a Mauro, antecipa que também poderá respaldar Silval ou ainda o ex-prefeito da Capital, Wilson Santos (PSDB) – dependendo dos entendimentos. O chefe do Executivo estadual poderá intervir diretamente no assunto para assegurar a permanência de Moisés no PR. Os republicanos tentam até a próxima segunda-feira convencê-lo a continuar na legenda.

Informações destacam que a decisão dele conta com incentivo do grupo liderado por Mauro. Moisés admitiu ter tido conversas com o lideres do grupo ligado ao empresário. Mas afirma que sua decisão está relacionada diretamente ao seu descontentamento com a forma de condução das amarrações políticas para a formação das chapas majoritárias.

Preferindo não citar nomes, ele criticou a decisão da cúpula do PR de optar pelo nome de Cidinho. “Pelo que a gente trabalhou no partido existia uma situação para ser discutida. Mas me parece que o coletivo se perdeu. Não existiu uma resolução através de discussão em grupo”, disparou.

Ele ressalta a possibilidade de apoiar o empresário Mauro Mendes, mas lembra que deverá manter entendimentos com os principais candidatos ao governo – incluindo nesse contesto o PSDB, através da candidatura ao governo do ex-prefeito de Cuiabá, tucano Wilson Santos. Apesar da decisão, mantém aberto canal para apoio à Silval – mas isso depende de entendimentos.

Líderes do PR e o chefe do Executivo estadual tentam assegurar a reverter a posição de Moisés. A carta, em que solicita a desfiliação da legenda, gerou tensão no PR. Sob o comando do presidente regional, Wellington Fagundes, a Executiva regional se reuniu na tarde de ontem, na sede da sigla, para discutir os meios a serem utilizados para convencer Moisés a permanecer no partido. Candidato ao Senado, o ex-governador Blairo Maggi (PR) também teria participado da reunião. O assunto foi discutido ainda em “vídeo-conferência” com outros líderes do grupo, como o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot (PR).

Moisés, que disputou cargo de deputado estadual pelo PSDC nas eleições de 2002, migrou para o PPS no ano seguinte, a pedido do então governador Blairo Maggi. Ele acompanhou Maggi no início de 2007 na decisão de se desfiliar do PPS para aderir ao PR. Ele presidiu o PR no Estado de fevereiro de 2008 a junho de 2009, quando passou a ocupar o posto de vice-presidente.






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