Após ficar na bronca por não conseguir ser o primeiro suplente de Blairo Maggi, Moisés Sachetti entrega documento solicitando sua desfiliação do PR.
Na bronca por não obter suplência, Sachetti deixa PR; veja documento
O vice-presidente do PR, Moisés Sachetti, protocolou sua saída do partido nesta sexta (9) de manhã, confirmando o que havia publicado com exclusividade o RDNews. Ele era considerado uma espécie de braço direito do ex-governador Blairo Maggi, que agora vai ao Senado, e também de Silval Barbosa (PMDB), que comanda o Paiaguás e vai à reeleição. O documento foi entregue na sede do PR em Cuiabá nesta manhã e recebido pelo sceretário-geral da sigla Emanuel Pinheiro, que assinou o pedido liberando Sachetti.
Ex-presidente do Detran, Sachetti não gostou da decisão do partido de não indicá-lo para ocupar a primeira suplência de Maggi na disputa por uma vaga ao Senado. Tentou convencer o grupo, sem sucesso. Decidiu então abandonar o barco. Além da desfiliação, o documento entregue traz sua renúncia ao posto de vice-presidente da sigla, que é comandada pelo deputado federal Wellington Fagundes.
Agora, a expectativa é que Sachetti anuncie apoio ao adversário de Silval nas urnas, empresário Mauro Mendes (PSB), que também abandonou a "turma da botina" por estar descontente e alegar ter sido deixado de lado quando não foi escolhido como candidato do grupo ao Paiaguás. A decisão de Sachetti é encarada por muitos como uma traição a Silval Barbosa.
(12h50) - Emanuel não aceita pedido de desfiliação de Sachetti
Emanuel Pinheiro informou que as principais lideranças do diretório decidiram, por unanimidade, não acatar o pedido de desfiliação e a renúncia de Moisés Sachetti. Vão entregar um documento oficial a ele pedindo que reconsidere sua decisão. “Pelo valor e respeito que temos a ele, não podemos deixar que saia assim”, explicou.
Amigo pessoal do ex-presidente do Detran, Emanuel garantiu que o companheiro não descartou a hipótese de reintegrar o quadro do partido no futuro e que sua decisão foi de cunho pessoal e não político-partidário. “O problema dele foi com o partido. Isso não significa que ele não apoiará a reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB) ou de Blairo Maggi (PR) ao Senado”, disse.
Mesmo assim, as lideranças sofreram o impacto da decisão. “Não é bom para o partido perder um companheiro do quilate de Sachetti, principalmente neste momento em que estamos de início de campanha”, ponderou.
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