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Economia
Sexta - 09 de Julho de 2010 às 08:26
Por: Marcondes Maciel

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Mato Grosso deverá voltar a exportar carne bovina processada aos Estados Unidos após a paralisação temporária decretada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que constatou uma quantidade superior de resíduo de ivermectina em lote na carne exportada por um frigorífico de outro estado. As vendas estão proibidas há cerca de dois meses.

Em Mato Grosso, segundo Antônio Sérgio Lobo, do Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários da Superintendência Regional do Mapa, três frigoríficos estão habilitados a exportar carne cozida e congelada – corned beef e frozen beef. Ele não quis revelar o nome das plantas, mas disse que a situação é tranqüila e em breve os frigoríficos mato-grossenses estarão vendendo carne processada aos norte-americanos. Um dos habilitados é o JBS/Friboi.

No Brasil, 21 frigoríficos estão na lista de exportação de carnes processadas aos EUA e terão de apresentar um plano para ampliar o monitoramamento sobre a qualidade da carne. Para tanto, o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Nelmon Oliveira da Costa, viajou ontem para Washington (EUA), onde se reúne com diretores do Serviço de Inspeção daquele país. No encontro, ele apresentará o resultado das análises dos planos de ação de 40% das empresas habilitadas a exportar para aquele mercado.

“Entre as medidas adotadas pelas indústrias, estão a seleção de fornecedores de bovinos para abate, participação em campanhas sobre o uso correto de medicamentos veterinários e análises de matérias que serão utilizadas na elaboração dos produtos finais”, explicou Costa.

Como parte do plano de ação do governo federal, o Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários (DFIP) elaborou cartilha sobre o uso correto de medicamentos veterinários em animais de produção. O material está sendo distribuído nas unidades locais de atenção veterinária e nas revendas de produtos veterinários das unidades da federação. “O público-alvo são os pecuaristas, que precisam respeitar os prazos de carência de aplicação do medicamento antes de destinar o animal para o abate”, lembra Costa.

Estão em processo de revisão os registros de medicamentos veterinários, com o objetivo de dar maior destaque aos prazos de carência. A informação contida na bula também será colocada na embalagem. “Vamos continuar com o Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes e auditar as empresas fabricantes para verificar o cumprimento dos requisitos de autocontrole para assegurar a qualidade dos produtos”, enfatiza Costa.

“Dentro de um mês devemos ter um posicionamento definitivo sobre a factibilidade de adotarmos essa técnica no Brasil” destaca o coordenador-geral de Apoio Laboratorial do Mapa, Jorge Caetano.






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