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Cidades/Geral
Quarta - 14 de Agosto de 2013 às 08:18

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Autor do requerimento que levou o secretário de Educação, Ságuas Moraes (PT), a prestar esclarecimentos à Assembleia Legislativa sobre o pregão que pretendia contratar serviços de buffet ao custo de R$ 7,7 milhões, o deputado estadual Airton Português (PSD) disse ter ficado insatisfeito com as respostas do petista. 
 
O social-democrata compareceu ao encontro munido de 22 perguntas, mas teve apenas dois assuntos aos quais abordou respondidos de imediato pelo secretário.
 
Ságuas pediu que a Comissão de Educação, responsável pela realização da reunião em que deu sua versão dos fatos, encaminhasse ofícios à Pasta com as demais perguntas. 
 
Entre os questionamentos feitos por Português e respondidos pelo petista esteve a contratação de uma empreiteira que pertence ao empresário Antonio Carlos Ióris, irmão do secretário-adjunto da Seduc, Luiz Carlos Ióris. 
 
O deputado chegou a defender que o caso seja encaminhado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para investigação. “É um absurdo e vejo nisso, além da ilegalidade, um ato imoral”, avaliou. 
 
Ságuas, por sua vez, afirmou não ver problemas, uma vez que a empresa foi escolhida durante um processo licitatório regular. “Não há direcionamento de pagamento”, garantiu. 
 
Sobre o pregão referente ao buffet, o social-democrata alfinetou o petista afirmando que se não houvesse nenhuma irregularidade, o certame não teria sido suspenso. 
 
Português ainda rebateu as críticas do secretário de que os parlamentares estariam contra o oferecimento de cursos de formação continuada aos professores da rede estadual. 
 
O deputado pontuou estar preocupado apenas em não permitir que tais atividades transformem a Seduc “em um poço sem fundo”. “Não quero ser mal compreendido, porém há necessidade de zelar pelo erário”. 
 
Ele sugeriu que as capacitações sejam oferecidas nos municípios em que os professores atuam. Para o deputado, ficaria mais barato transportar o corpo técnico da Seduc, do que os profissionais que receberão o treinamento. 
 
QUESTIONAMENTOS - Na lista de perguntas que o petista só deve responder se for questionado “formalmente” estavam pagamentos pela Seduc de despesas de um hotel que ultrapassaram R$ 1,7 milhão, em 2012, e de 3.245 almoços, em 2013, ao custo de R$ 358 mil. 
 
Segundo o deputado, em 2011 uma hospedagem semelhante no mesmo hotel custou apenas pouco mais de R$ 130 mil. Já sobre os almoços, ele disse que a nota fiscal apresentava apenas 2.200 pessoas, ou seja, 1.025 refeições a mais teriam sido consumidas. 





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