Protesto no centro reúne centenas

Aproximadamente dois mil profissionais da educação da rede estadual de Mato Grosso realizaram, nesta terça-feira (13), um ato público na em frente à praça Alencastro, em Cuiabá. A manifestação reuniu representantes de 91 municípios que aderiram à greve da categoria, iniciada na última segunda-feira (12). 

 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso subsede Várzea Grande (Sintep-VG), Gilmar Ferreira, mais de 20 ônibus trouxeram representantes de diversos pontos do Estado. “Vieram caravanas da Baixada Cuiabana, de sinop, Rondonópolis, Primavera do Leste, do extremo norte do Estado, do sul também, além da presença maciça de servidores de Cuiabá e Várzea Grande.” 

 

Munidos de cartazes, panfletos informativos e bandeiras, os grevistas começaram a lotar a praça por volta das 14h30. Entre os professores presentes, a figura de um sósia do secretário de Educação do Estado, Ságuas Moraes, chamou atenção. O educador Renato Moraes, de 52 anos, estava com uma bandeja com a foto de um salmão e ao seu lado uma professora com uma badeja com algumas bolachas de água e sal. A dupla fazia alusão à contratação, por parte da Seduc, de serviços de buffet por cerca de R$ 7,7 milhões. Após a concentração, os trabalhadores seguiram em passeata pelo centro panfletando sobre os motivos da greve. 

 

Segundo Henrique Lopes do Nascimento, presidente do Sintep estadual, a greve já atingiu 80% das escolas de Mato Grosso. Ele informou que mais de 300 mil alunos estão sem aulas, e que até o final da semana o número tende a aumentar. 

 

A categoria reivindica pela recomposição anual do piso salarial de no mínimo 10,41% acima da inflação, que dobraria o poder de compra a médio prazo e assim equiparar os vencimentos dos trabalhadores da educação às demais carreiras do executivo estadual. Os educadores também exigem a aplicação integral de 35% da receita do Estado na educação, revisão imediata da política de isenção e renúncia fiscal, posse imediata dos aprovados no concurso e realização de novo concurso, entre outras reivindicações. (GN)