Cresce número de indígenas que morreram por falta de assistência, diz Cimi
O número de indígenas que morreram por falta de assistência à saúde no ano passado chegou a 41, de acordo com um relatório do Cimi (Conselho Indigenista Missionário). Em 2008, uma quantidade menor de índios morreram pelo mesmo motivo (31).
O levantamento mostrou que a maioria dos óbitos por conta de falta de assistência ocorreu no município de Nova Xavantina (MT). De acordo com o Cimi, 22 integrantes do povo Xavante morreram em função de diversas falhas no atendimento, como falta medicamentos e materiais básicos.
A coordenadora do relatório produzido pelo conselho, a antropóloga Lúcia Helena Rangel, afirmou que as causas das mortes foram variadas _desde casos de hepatite com tratamento deficiente a idosos que não tiveram atendimento médico adequado.
"Em alguns locais, falta pessoal de saúde e até transporte para levá-los até a aldeia. Muitas vezes, não há os remédios necessários para tratar doenças relativamente simples", informou a antropóloga.
Em relação à violência, o conselho registrou 60 assassinatos de indígenas no ano passado, número idêntico ao de 2008. As mortes têm se concentrado em áreas de grande disputa por terras.
O Cimi retirou os dados para o relatório de jornais e da internet e checou as informações posteriormente. Também foram verificados casos relatados por missionários do conselho.
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