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Quinta - 08 de Julho de 2010 às 10:59
Por: Joelma Pontes

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O ex-deputado estadual Walter Rabello (PP), que perdeu o mandato por infidelidade partidária em 2007, já registrou sua candidatura junto à Justiça Eleitoral na tentativa de reaver o cargo na Assembleia. Ele foi eleito em 2006 pelo PMDB com mais de 70 mil votos, a maioria oriundos da Baixada Cuiabana, mas migrou para o PP logo depois. O progressista passou por uma verdadeira "maré" de azar. Após ser o único deputado cassado por infidelidade em Mato Grosso, perdeu o direito de apresentar o programa "Olho Vivo na Cidade", transmitido pela TV Cidade Verde, filiada ao SBT. Atualmente, ele comanda o programa “Baixada 40 Graus”, pela mesma emissora.

Em 2008, já cassado, Rabello entrou na briga pela Prefeitura de Cuiabá. Disputou o cargo com Wilson Santos (PSB), Mauro Mendes (ex-PR e hoje no PSB), Valtenir Pereira (PSB) e Mauro Lara (Psol). Nem chegou ao segundo turno, quando foram para as urnas Wilson e Mendes. O tucano saiu vitorioso do embate. O ex-deputado, porém, foi um dos que mais chamaram a atenção durante a campanha eleitoral. Protagonizou cenas hilárias, como a que ofereceu água suja ao então adversário tucano.

Hoje, com um discurso mais humilde, Rabello promete fazer uma campanha de porta em porta, na tentativa de reconquistar os 70 mil eleitores que aprovaram suas propostas em 2006. Ele faz questão de enfatizar que não foi cassado, mas sim que perdeu o mandato e de maneira injusta, lembrando que o mesmo episódio ocorreu com os deputados Chica Nunes (DEM) e Wallace Guimarães (PMDB), que saíram "ilesos" e continuam atuando na AL. “Nós três passamos pela mesma situação, mas o Tribunal Regional Eleitoral acatou somente as justificativas dos meus colegas. Com isso, eu não pude cumprir o que prometi durante o meu mandato na Assembleia e pretendo terminar o que comecei, mas isso quem vai decidir é a população”.

Ainda inconformado, Rabello alega desconhecer os motivos que levaram o procurador Mário Lúcio Avelar a pedir o seu mandato, já que o próprio PDMB não questionou o cargo na Justiça apesar da legislação eleitoral determinar que o mandato pertence à sigla. “Quero deixar claro que o TRE não errou. O que eu não entendo até hoje é por que só eu perdi, já que outros dois deputados passaram pela mesma situação e continuam no pleno exercício da função ”.

Com medo de acabar expulsa do partido, Chica abandonou o PSDB após ser acusada de ter desviado R$ 6 milhões dos cofres da Câmara quando presidia a Casa. Já Wallace rompeu com o DEM e aliou-se aos peemedebista, mas conseguiu “segurar” o mandato em meio a brigas jurídicas.





Fonte: RD News

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