Estado fecha o primeiro semestre com os melhores índices da região
Custo do metro quadrado e inflação são menores em MT
Mato Grosso é um dos estados brasileiros com os melhores índices da construção civil em 2010. De acordo com o IBGE, o Estado encerra o primeiro semestre do ano com o menor custo por metro quadrado construído da região Centro-Oeste e o oitavo menor valor entre os 26 estados mais o Distrito Federal. Além disso, a inflação sobre os insumos do segmento – mão-de-obra e materiais – acumula 1,72% de janeiro a junho de 2010, menor índice da região.
Como revela o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE em convênio com a Caixa, divulgado ontem, o metro quadrado construído no Estado custou R$ 703,62 em Mato Grosso. A média da região foi de R$ 720,50 e a média nacional, R$ 747,36. Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal tiveram o metro quadrado avaliado em R$ 730,54, R$ 711,83 e R$ 770,75, respectivamente, no mês de junho.
No Brasil o Sinapi variou 0,66% em junho, recuando 0,95 ponto percentual em relação ao resultado de maio (1,61%). Comparado com a taxa de junho de 2009 (0,35%), o índice atual mostrou elevação. O acumulado de janeiro a junho foi 4,33%, acima do verificado no mesmo período de 2009 (3,67%). Nos últimos doze meses, a taxa de variação foi de 6,52%, acima dos 6,19% registrados nos doze meses imediatamente anteriores.
O custo nacional da construção por metro quadrado, que no mês de maio, havia sido R$ 742,44, em junho passou para R$ 747,36, sendo R$ 422,61 relativos aos materiais e R$ 324,75 à mão-de-obra.
Os números de junho apurados pelo IBGE, em Mato Grosso, mostram que há um indício de inflação sobre o segmento, já que do acumulado em seis meses – 1,72% - 0,81% foram apurados em junho. A variação inflacionária reflete a disparada do preço do cimento no Estado em função de uma demanda além da oferta. Desde maio a saca, deste que é o principal insumo da construção civil, valorizou mais de 45% ao passar de R$ 18,90 em média na Capital, para atuais R$ 27,50. (Veja mais sobre o assunto na página C1 deste caderno).
Assim como em Mato Grosso, no Brasil, como revela o levantamento do IBGE, a parcela dos materiais apresentou variação de 0,53%, superior à taxa de maio (0,41%). Por outro lado, a componente mão-de-obra registrou forte desaceleração (2,39 pontos percentuais), com taxa de 0,83% em junho contra 3,22% de maio.
No ano, os materiais subiram 2,42%, acima dos 2,26% de igual período do ano passado no Brasil. A mão-de-obra subiu 6,93%, também superior à taxa registrada em igual período de 2009 (5,66%). Nos últimos doze meses, os acumulados foram: 4,46% (materiais) e 9,33% (mão-de-obra).
ACUMULADO – O índice relativo ao Sul registrou variação de 0,93%, a mais elevada em junho. O Norte apresentou o menor resultado (0,44%).
Os demais índices regionais tiveram as seguintes variações: 0,75% no Nordeste, 0,59% no Sudeste e 0,54% no Centro-Oeste.
O maior acumulado do ano foi registrado na região Centro-Oeste (5,23%) e em doze meses na região Norte (8,14%). Já no Sul, ocorreram as menores taxas no ano (3,10%) e em doze meses (5,43%).
Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 792,23 (Sudeste), R$ 747,18 (Norte), R$ 724,26 (Sul), R$ 720,50 (Centro-Oeste) e R$ 702,00 (Nordeste).
DOZE MESES - Roraima (0,68%) e Paraná (0,91%) apresentaram os menores acumulados, no ano. Mato Grosso (3,01%) e Espírito Santo (3,66%) apresentaram os menores acumulados nos últimos 12 meses.
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