Deputados ‘novos’ com dificuldade à reeleição

Dos 24 deputados estaduais de Mato Grosso que foram eleitos em 2006, 25% não terminaram o mandato. Isso significa que seis parlamentares deixaram o cargo antes do fim do prazo, que encerra em dezembro deste ano. Tal situação abriu espaço para seis suplentes conquistarem cadeira definitiva na Assembleia Legislativa.

Três deputados se tornaram prefeitos, dois foram para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e um teve o mandato cassado por infidelidade partidário.

Zé Carlos do Pátio (PMDB) e Juarez Alves (PMDB) deixaram a Casa porque foram eleitos prefeitos em 2008. Pátio, que obteve a terceira melhor votação em 2006 para deputado, com 42.227 votos, se elegeu prefeito de Rondonópolis na eleição municipal passada. Já Juarez Alves assumiu o comando do Executivo de Sinop. Ele foi eleito para a Assembleia com 24.631 votos.

O atual prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB) também era deputado até 2008, quando concorreu a vice-prefeitura da capital na chapa encabeçada pelo então prefeito, Wilson Santos (PSDB), que conquistou a reeleição. Wilson deixou a prefeitura em abril deste ano para poder concorrer ao governo de Mato Grosso, deixando a prefeitura nas mãos de Chico Galindo.

Por indicação do próprio Legislativo, os deputados Humberto Bosaipo (DEM) e Campos Neto (PP) assumiram o posto de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Bosaipo entrou para o Tribunal do final de 2007 e Campos Neto em 2009.

Já o apresentador Walter Rabello (PP) não saiu do cargo para ocupar outro. Ele teve o mandato cassado em 2007 pelo Tribunal Regional Eleitoral por infidelidade partidária, quando migrou do PMDB para o PP. Para o Tribunal, ele trocou de partido sem justa causa, contrariando resolução eleitora de marços de 2007.

Quem se beneficiou com essas saídas foram os suplentes, que conquistaram mandatos efetivos. Nilson Santos (PMDB), que conseguiu 18.517 votos, ficou com a vaga de Walter Rabello; Wagner Ramos (PR), com 19.594 votos, ocupou lugar de Bosaipo; Hermínio J. Barreto (PR), 23.525 votos, ganhou a vaga de Juarez Alves; Antonio Azambuja (PP), com 13.914, ficou no lugar de Campos Neto; Antônio Brito (PMDB), com 7.460 votos, ocupou a cadeira de Zé do Pátio; e por fim, Vilma Moreira (PSB), com apenas 5.239, conquistou vaga na Assembleia com a saída de Chico Galindo.

Nesse cenário, o índice de reeleição no pleito que acontece este ano pode diminuir, já que deputados com baixa densidade eleitoral ocupam cargos na Assembleia.

Todos os 24 deputados da Assembleia vão participar da eleição este ano. 21 vão tentar a reeleição, um será candidato a deputado federal, e dois serão candidatos a vice-governador.

Em 2006, das 24 vagas do legislativo estadual 14, ou seja, 58%, foram ocupadas por novos deputados. Dos 18 parlamentares que disputaram a reeleição, apenas 10 conseguiram a reeleição.