Veja, no vídeo abaixo, as declarações do goleiro
Após se entregar, ainda na Polinter, no Andaraí, Zona Norte do Rio, Bruno fala para Macarrão. “Agora eu acho que as coisas ficaram muito mais difíceis. No Brasil, para mim (...) se eu tinha esperança de disputar a Copa de 2014, acabou. Isso sou eu falando”, disse o atleta.
Segundo Michel Assef Filho, advogado do goleiro do Flamengo, o atleta negou, na noite desta quarta, as acusações feitas contra ele por um menor de idade. Bruno se entregou à polícia do Rio na tarde de quarta. À noite, foi levado à Divisão de Homicídios do Rio (DH) para prestar depoimento.
Assef afirmou que Bruno está "estarrecido" e declarou desconhecer os fatos contados em depoimento por um menor ouvido nesta terça (saiba mais sobre o depoimento do menor). O jovem, que foi apreendido na casa do atleta, disse à polícia que Eliza foi morta e seu corpo concretado em uma casa da cidade de Vespaziano, em Minas Gerais.
As declarações do advogado do atleta foram dadas em frente à Divisão de Homicídios pouco antes das 22h. Cerca de 40 minutos depois, um inspetor que trabalha na DH falou com os jornalistas. O inspetor disse que Bruno se negou a responder a qualquer pergunta durante o depoimento e afirmou que só falará sobre o caso em juízo.
Segundo havia dito o advogado de Bruno, o goleiro conversou apenas com o delegado Felipe Ettore, da DH, que acompanha o inquérito que o acusa de sequestro. Ele ainda deve ser ouvido pela polícia mineira sobre o inquérito que investiga o sumiço de Eliza Samudio.
"Ele respondeu a todas as perguntas, mas se limitou a dizer que desconhece os fatos e não tem nada a dizer sobre o inquérito que está instaurado aqui. Sobre o de Belo Horizonte, vou tomar conhecimento dos autos amanhã", disse Assef. Ele disse ainda que o goleiro deverá ser levado para Minas Gerais. Segundo o advogado, o menor morava na casa de Bruno na Barra da Tijuca.
Assef não descarta a possibilidade de entrar com um pedido de Habeas Corpus na Justiça do Rio. Ele informou ainda que Bruno deve passar a noite na DH do Rio.
Denúncia
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, na denúncia, o promotor Alexandre Murilo Graça, da 17ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos, alegou que, em outubro de 2009, Bruno e Macarrão sequestraram Eliza Samudio, que estava grávida, e tentaram forçá-la a abortar. A denúncia foi acompanhada de um pedido de prisão preventiva.
“Os elementos dos autos demonstram que o primeiro denunciado tem personalidade distorcida, sempre agindo com brutalidade e acompanhado de seguranças. Inclusive, todos nós sabemos das declarações dadas pelo denunciado nos jornais, indicando que se trata de pessoa que não se importa em utilizar de violência física, principalmente contra mulheres”, disse o promotor.
Na manhã desta quarta-feira, Bruno e Macarrão tiveram o pedido de prisão temporária, por cinco dias, decretada.
Ainda segundo o Ministério Público, se condenados, eles podem pegar de dois e a oito anos de prisão, pelo crime de sequestro e cárcere privado, agravado pelos maus-tratos cometidos contra a vítima, e de três meses a um ano, por lesão corporal.
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