OAB perde recurso e advogado investigado pode atuar
A desembargadora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Clarice Claudino da Silva, indeferiu o recurso (agravo de instrumento) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), sob a presidência de Cláudio Stábile, que pedia a suspensão da liminar que permitiu o advogado Rodrigo Vieira Komochena, genro da advogada Célia Cury, esposa do desembargador aposentado José Tadeu Cury, voltasse atuar na área de advocacia.
Investigado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suposto envolvimento na organização criminosa que vendia sentenças no Judiciário mato-grossense. Komochena e mais quatro advogados tiveram a inscrição suspensa por 90 dias pelo Tribunal de Ética da OAB no dia 15 do mês passado até a conclusão do processo administrativo disciplinar.
A argumentação da defesa de que a suspensão contrariou o Estatuto da OAB foi acatada pelo juiz João Ferreira Filho, que deferiu a liminar em favor de Komochena. Segundo o advogado do genro de Célia, Alcides Lima Neto a decisão não deveria ter sido tomada pelo Conselho Seccional da Ordem, mas pelo Tribunal de Ética e Disciplina da instituição.
Além de Komochena, também foram punidos os seguintes advogados: Célia Cury, esposa do desembargador José Tadeu Cury; Alcenor Alves, ex-prefeito de Alto Paraguai; Max Weyzer Mendonça; Alessandro Jacarandá e Santos de Souza Ribeiro.
O presidente da OAB havia dito, em entrevista ao Olhar Direto, que o argumento utilizado no recurso seria de que casos envolvendo advogados devem ser decididos na esfera federal e não no âmbito da Justiça Estadual.
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