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MT Eleições 2014
Quarta - 07 de Julho de 2010 às 12:36
Por: Kelly Martins

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Ex-conselheiro do Tribunal de Contas e considerado um dos mais experientes políticos do Estado, o ex-governador Júlio Campos, que tenta uma das oito vagas na Câmara Federal pelo DEM, declarou à Justiça Eleitoral ter R$ 12,8 milhões em bens particulares. A declaração consta no pedido de registro de candidatura apresentado pela coligação "Jonas Pinheiro", e mostra que o patrimônio dele aumentou em R$ 1,7 milhão desde a eleição de 2008, quando saiu derrotado para a Prefeitura de Várzea Grande.

Os números mostram que o maior bem de Campos é a participação com 90% de quotas da empresa Santa Laura no valor de R$ 3,6 milhões. Consta também a participação de 85% na Rádio TV Brasil cujo montante é de R$2,9 milhões e ainda a Fazenda São José do Piquiri, localizada no município de Barão de Melgaço e avaliada em R$ 1,4 milhão.

O democrata apresentou ainda ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) possuir um apartamento no Edifício Elizabeth Queen, um dos mais luxuosos de Cuiabá, na Avenida do Rubens de Mendonça (CPA), no valor de R$ 776 mil. O candidato ainda possui como parte da herança do pai, Júlio Domingos de Campos (Seo Fiote), 19 avos de 2.250 cabeças de gado, 20 equinos e 85 aves com valor aproximado de R$ 125 mil.

Júlio Campos é um dos candidatos mais bem afortunados e, em entrevista ao Olhar Direto, chegou a declarar que a eleição geral de outubro será uma das mais difíceis da história de Mato Grosso.

“A exemplo do que ocorreu em 1998 (quando o próprio Campos foi derrotado pelo ex-governador Dante de Oliveira, já falecido) vamos ter uma eleição dificílima por conta de vários aspectos, mas sobretudo porque pode haver uma polarização da disputa”, vaticina Campos.

Júlio fala com experiência de quem já foi derrotado em duas importantes eleições. A primeira, em 98, quando o PFL (atual DEM) uniu-se ao seu ferrenho adversário histórico, o PMDB, na tentativa de derrotar o PSDB, cujo comandante maior era Dante de Oliveira. Naquela conjuntura, o eleitorado mato-grossense não deglutiu a união PMDB- PFL e Campos foi derrotado mesmo tendo começado aquele processo eleitoral com 67% das intenções de votos.

O mesmo ocorreu com Campos em 2008, quando perdeu as eleições para Murilo Domingos (PR), em Várzea Grande. Isso porque o democrata se aliou ao deputado estadual Maksuês Leite (PP) na tentativa de angariar votos na cidade.

Na avaliação de Júlio Campos, que também foi ex-deputado e senador, e agora é candidato a deputado federal, o povo vê com bons olhos a aliança do PSDB, do ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, que encabeça a coligação como candidato a governador, e o DEM, do senador Jaime Campos.

“Essa é outra época. Mudou muita coisa. O povo sabe que já quase não há tanta diferença de um partido para outro. O eleitor vai se basear na melhor proposta, no melhor projeto”, prevê Júlio Campos.






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