Candidaturas majoritárias e proporcionais, considerando também os partidos nanicos, preveem gastos exorbitantes
Estimativa de gastos nesta campanha em MT soma R$ 709 mi

A soma da estimativa de gastos informada pelos próprios candidatos a governador, senador, deputado estadual e federal ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) aponta uma eleição milionária. As previsões registradas até o momento sinalizam que, em três meses de campanha, pelo menos R$ 709,5 milhões serão movimentados.

Para se ter uma ideia, o valor se aproxima do orçamento reservado para a Secretaria Estadual de Saúde (SES) executar nos doze meses deste ano, estimado em R$ 750.805.560. O valor movimentado na campanha seria suficiente para construir quase dois estádios como o novo Verdão, que custará R$ 420 milhões.

A coligação “Mato Grosso em Primeiro Lugar”, encabeçada pelo governador Silval Barbosa (PMDB), estima gastar até R$ 420 milhões em campanha eleitoral.

Desse valor, R$ 216 milhões serão gastos na campanha dos 144 candidatos a deputado estadual, R$ 144 milhões com 48 candidatos a deputado federal e R$ 30 milhões com os dois candidatos ao Senado. A estimativa leva em conta que cada deputado estadual gastará até R$ 1,5 milhão, federal R$ 3 milhões e candidato ao Senado R$ 15 milhões. Silval Barbosa declarou que pretende gastar R$ 30 milhões durante a campanha. Não foi incluída a estimativa da coligação que reúne as siglas PTN, PC do B, PSC, PTC, PT do B, PRT, PRB e PHS que também lançou candidaturas proporcionais.

A estimativa da coligação PSDB/DEM é a de gastar R$ 1,5 milhão com cada um dos 38 candidatos a deputado estadual, totalizando R$ 57 milhões. Para a Câmara Federal, os partidos se aliaram ao PTN, PT do B e PMN para lançar 15 candidatos com custos de campanha unitária de R$ 2,5 milhões. O total de gastos com campanha à Câmara Federal é de R$ 37,5 milhões.

Somando os valores aos gastos de campanha do candidato Wilson Santos (PSDB), que prevê gastos de R$ 18 milhões, e dos candidatos ao Senado, Antero Paes de Barros (PSDB) e Jorge Yanai (DEM), fixados em R$ 14 milhões, a coligação “Senador Jonas Pinheiro” estima um valor total de R$ 126,5 milhões. Não está incluída a estimativa da aliança PTB, PRTB, PSDC, PSL, PT do B e PMN que registrou candidatura de 48 deputados estaduais.

A aliança “Mato Grosso Melhor Para Você” ainda não disponibilizou o gasto de campanha dos candidatos, exceto Mauro Mendes (PSB) que prevê gastar R$ 20 milhões na corrida ao Palácio Paiaguás. De acordo com o deputado federal Eduardo Moura (PPS), o PPS disponibilizou R$ 15 milhões para a campanha, no entanto, o valor não foi desmembrado entre os candidatos das legendas aliadas.

O candidato ao governo pelo PSOL, Marcos Magno, deve gastar R$ 1 milhão em campanha. A mesma estimativa é feita para o candidato ao Senado pelo partido, o procurador Mauro Lara.

No ato de registro das candidaturas, as chapas são obrigadas a informar ao TRE quanto pretendem gastar no período eleitoral. Os dados são monitorados pela própria Justiça, que pode multar as coligações que extrapolarem o informado.

Em alguns casos os partidos gastam menos que declararam. Apesar disso, existe a possibilidade de revisão da estimativa. O concorrente que quiser aumentar a quantia declarada à Justiça eleitoral terá que pedir a correção da despesa.