Ao iniciar a campanha ontem, o ex-governador afirmou que o papel da oposição é apontar falhas, mas avisou que não vai apanhar calado
Maggi inicia ‘peregrinação’ por votos

O ex-governador Blairo Maggi (PR) deu início ontem, oficialmente, à sua campanha ao Senado. Ele começa com o pé na estrada pelo interior do Estado. Num período de cinco dias, ele vai percorrer 11 cidades.

A viagem foi aberta com um almoço no Distrito da Guia, em Cuiabá. Seguindo depois para Acorizal, Barra do Bugres e Tangará até chegar ao distrito de Guariba, em Colniza. O local fica na divisa com Mato Grosso com Rondônia.

Maggi aproveita esse início de campanha para realizar viagens mais longas e demoradas, no estilo corpo-a-corpo com o eleitorado. “Nesse começo, quando a correria não é tanta, vou fazer viagens de carro. Vou parar no caminho e conversar com as pessoas. Até quando puder fazer minha campanha de carro, vou fazê-lo”, disse o candidato.

Ontem foi a abertura oficial da campanha eleitoral, de acordo com a legislação eleitoral. Os candidatos já podem sair às ruas para pedir votos.

Também participam da comitiva os deputados estaduais Ságuas Moraes (PT), Wagner Ramos (PR) e o primeiro suplente de Maggi no Senado, o ex-secretário de Projetos Estratégicos, José Aparecido dos Santos, o Cidinho.

Apesar da abertura oficial de campanha ter sido ontem, Maggi já vinha percorrendo o interior, conversando com as bases e a população. Ele diz que tem recebido manifestações positivas pelas cidades onde tem andado. Isso, segundo ele, é reflexo de um governo presente no interior, com ações e pessoalmente.

Mas o ex-governador também reconhece que não foi perfeito nos seus quase oito anos no comando de Mato Grosso. “Apesar do avanço imensurável que tivemos nos últimos anos, não fizemos tudo que queríamos. Algumas cidades gostariam de ter recebido mais investimentos. Mas enfrentamos o problema de orçamento limitado e demanda ilimitada. Mas vamos conversar com o eleitor, buscar a compreensão e mostrar a evolução que Mato Grosso teve nos últimos oito anos”, disse o ex-governador.

Indagado sobre os ataques que a oposição fará ao seu governo, aqui encarnada no PSDB, com o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, candidato ao governo, Maggi diz que a oposição faz o seu papel ao apontar falhas.

“A oposição deve trabalhar em cima dos erros e defeitos. Críticas envolvendo o governo é normal. Mas não vamos aceitar baixaria, eu não faço isso e o eleitor também não que ver isso. Eu espero não apanhar, mas se isso acontecer, não vou apanhar calado”, disse Maggi.

Com mais tempo disponível que o governador Silval Barbosa (PMDB), candidato à reeleição, Maggi pretende levar o nome do aliado por onde andar, mas admite que será difícil os dois se encontrarem com frequência em campanha, já que o governador precisa cumprir sua agenda de trabalho. “Já fui candidato à reeleição, sei como é difícil conciliar o trabalho e campanha. Eu e Silval só devemos nos encontrar nos grandes atos de campanha, é impossível para ele fazer uma viagem como essa comigo”, explicou o ex-governador.