Os candidatos ao governo, Wilson Santos (PSDB) e Mauro Mendes (PSB), não apresentaram as informações das respectivas chapas em conformidade com as exigências da Justiça Eleitoral
Candidaturas de Wilson e Mendes estão irregulares; TRE dá ultimato

Apenas as candidaturas majoritárias da coligação Mato Grosso em 1º Lugar (PMDB, PR, PT, PP, PTN, PTC, PC do B, PRP, PRB, PSC e PHS) e do Psol estão regulares. Ambas atenderam aos requisitos exigidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para alimentar o sistema que disponibiliza automaticamente todos os dados aos eleitores. As coligações encabeçadas pelo empresário Mauro Mendes (PSB) e Wilson Santos (PSDB) estão sendo intimadas nesta terça (6) a apresentar, em até 72 horas, as informações digitalizadas. “Se o oficial de justiça, que já saiu daqui, encontrá-los hoje, o prazo para regularizar as pendências encerra na sexta (9)”, explica Breno Gasparoto, secretário Judiciário do TRE.

Mesmo com as candidaturas majoritárias regulares, representantes do arco de alianças encabeçado por Silval “pecaram” na entrega dos documentos referentes às candidaturas proporcionais. “Da coligação Mato Grosso em 1º Lugar, apenas os majoritários (Governo e Senado) apresentaram tudo corretamente”, atesta Gasparoto. Ele destaca que somente os candidatos do Psol, tanto majoritários como proporcionais, atenderam a todos os requisitos.

Para se ter uma ideia da desorganização das coligações Jonas Pinheiro (PSDB, DEM, PTB, PMN, PRTB, PSDC, PSL e PT do B) e Mato Grosso Melhor para Você, encabeçadas por Wilson Santos (PSDB) e Mauro Mendes (PSB), respectivamente, ambas efetuaram registros mediante documentos manuscritos, o que é vedado pelo TSE, ou digitalizados com informações incompletas. “Considera-se que são tempestivos (dentro do prazo), mas irregulares.”, aponta Gasparoto.

Nesta segunda (5), a Justiça Eleitoral encerrou o prazo para o registro coletivo das candidaturas. Apesar dos servidores estarem à disposição a partir das 12h, os candidatos e representantes entregaram os documentos à noite. A coligação Jonas Pinheiro foi a última a protocolar as listas. Wilson Santos não compareceu à sede do TRE e foi representado pelo advogado Flávio Ferreira. Por ironia, o candidato do Psol, Marcos Magno, teoricamente com menos chances de vitória, acabou sendo o primeiro dos quatro postulantes ao Palácio Paiaguás a chegar ao TRE. Ele estava acompanhado do vice, José Roberto, do Procurador Mauro, candidato ao Senado, e dos integrantes das chapas proporcionais. O governador Silval Barbosa apareceu em seguida e aproveitou para transformar o registro das candidaturas num ato político. Com estardalhaço, ele e o vice de chapa, Chico Daltro (PP), foram recepcionados por correligionários e cercados pela imprensa.

Mauro Mendes foi o último dos quatro candidatos a comparecer ao local. Antes dele, o deputado Valtenir Pereira, presidente regional do PSB e candidato à reeleição, chegou acompanhado de assessores, e do irmão Wantuir Pereira. Mendes atrasou devido às negociações com o deputado Percival Muniz, presidente regional do PPS, e lideranças do PV para a escolha do candidato ao Senado. Após “baterem o martelo” em torno da candidatura de Naildo Lopes (PV), com o consequente recuo de Percival, que disputará a reeleição, Mendes surgiu no Palácio da Cidadania carregando uma bandeira do PSB, junto com o candidato a vice, deputado Otaviano Pivetta, que também preside o PDT no Estado, de Pedro Taques, principal nome da coligação na disputa à senatória, e do próprio Percival.