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MT Eleições 2014
Segunda - 05 de Julho de 2010 às 14:25

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Se afastar do cargo para oferecer espaço aos suplentes é uma prática comum adotada pelos deputados federais de Mato Grosso. Mas não por parte de Eliene Lima (PP), que sai a reeleição sem ter se afastado da função nesses quase quatro anos de mandato. Essa ação, de acordo com alguns analistas políticos, pode ajudá-lo a conquistar a reeleição em outubro, já que parte da população entende que o ato de deixar o cargo para o suplente representa em síntese a eleição de um candidato fantasma. "São pessoas que não foram aprovados pela análise do eleitor e depois exercem a função como se fossem legítimos representantes da população”, avalia o cientista político Malco Camargos, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais.

No Estado, dos oito deputados federais, cinco já se licenciaram do cargo. Alguns apenas uma vez, já outros duas vezes. É o caso do deputado federal Wellington Fagundes (PR), que em novembro de 2009 se afastou por quatro meses. No lugar assumiu Victório Galli (PMDB). Este ano, o parlamentar do Partido Republicano se afastou novamente em junho, e no lugar está o ex-deputado federal Ricarte de Freitas (PTB). Outro que se afastou por mais de uma vez é Pedro Henry (PP). Em junho de 2008 o progressista deu lugar ao colega de partido Rogério Silva (PP). Este ano, ele fez o mesmo com o candidato a vice na chapa de Silval Barbosa (PMDB), Chico Daltro, que tomou posse em abril. Além de Fagundes e Henry, Thelma de Oliveira (PSDB) também se licenciou duas vezes. Em abril de 2007 ela deu vaga ao suplente Saturnino Masson (PSDB), e em março de 2008 a Nery Gueller (PP), na época pertencente ao grupo dos tucanos. No grupo dos que se licenciaram apenas uma vez está Homero Pereira (PR), em 2008, assumindo no lugar Eduardo Moura (PPS). Um ano antes, em 2007, Carlos Bezerra deu lugar a Victório Galli (PMDB), que hoje ocupa o lugar deixado por Wellington Fagundes.

O fato de ser o mais assíduo e o mais ‘falante’ da bancada de Mato Grosso é apontado por analistas políticos como um ponto forte na campanha para reeleição de Eliene Lima. Desde 2007, o progressista apresenta índice de presença nas sessões da Câmara de 98%. Em discursos o número de falas ultrapassa a 500.

Esses dados, segundo o professor do departamento de Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina (UFMT), Julian Borba, serão observados pelo eleitorado. “O eleitor hoje está atento a tudo. Ele passa a analisar a trajetória do candidato, as ações realizadas e as bandeiras por ele defendidas”- afirma o educador.






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