Crimes ocorreram em Juara, no interior de Mato Grosso. Duas pessoas estão presas.
Polícia vai encerrar esta semana inquérito de abuso sexual de 13 crianças

A Polícia Civil deve encerrar esta semana o inquérito policial da prisão de duas pessoas acusadas de crimes de estupro de vulnerável, exploração sexual e pedofilia. Os crimes ocorreram no município de Juara (709 km de Cuiabá). O aposentado M.E.B. e o radialista L.L.P. (63) foram presos há cerca de 15 dias nas investigações que apuram crimes praticados contra 13 meninas de 6 a 12 anos de idade. As investigações iniciaram com três vítimas. 

Os dois estão presos temporariamente e tiveram pedido de prisão preventiva feito pelo delegado Joáz Gonçalves da Silva. O aposentado é acusado de abusar da própria neta e de uma menina que também era vítima do radialista, que tem no inquérito policial relatos de 13 vítimas, até agora. As crianças compareceram espontaneamente à Delegacia para denunciá-lo, após a prisão.

O caso repercutiu em toda a região e a cada dia são acrescentadas novas vítimas do pedófilo nas investigações, que confirmaram que o radialista utilizava de artifícios como presentes, dinheiro e promessas para aliciar crianças e adolescentes com intuito de manter relações sexuais. A polícia apurou que as 13 meninas são de famílias humildes de Juara e que elas mantiveram contato íntimo com os suspeitos. "Ele fazia isso sistematicamente. As 13 vítimas saíram da escola e foram até delegacia contar", disse o delegado.

Aliciamento com cestas básicas

Conforme o delegado, Portela utilizava do prestígio e bom relacionamento na sociedade local para atrair as vítimas de famílias pobres, a princípio, conquistando a confiança da família com presentes como cestas básicas, para depois praticar atos libinosos e consumar relação sexual com as meninas.

Durante cumprimento a mandado de busca e apreensão na residência de L.L.P., a Polícia Civil encontrou várias peças de roupas íntimas de crianças como calcinhas, blusas, shorts, saias e até fraldas descartáveis.

Os presos foram indiciados por estupro de vulnerável, pedofilia e exploração da prostituição infantil. Eles são mantidos isolados em uma cela da unidade prisional de Juara.