Grande Cáceres tem 10 na briga à AL
Cidade-pólo do Oeste mato-grossense com 20 municípios e cerca de 220 mil eleitores, Cáceres assiste, de novo, uma "inflação" de candidatos a deputado estadual, o que pode prejudicar a eleição de algum representante na Assembleia por causa da chamada "pulverização" de votos. Com base na região, estão no páreo 10 candidatos. Alguns podem até desistir, já que os partidos podem fazer mudanças até esta segunda (5), quando oficializa os nomes à Justiça Eleitoral.
Os deputados do PP Antonio Azambuja, de Pontes e Lacerda, e Airton Rondina, de Araputanga, vão à reeleição. Com apoio do deputado federal Pedro Henry, eles tentam "abocanhar" parte do eleitorado de Cáceres. O vice-prefeito cacerense Wilson Kishi (PDT) é candidato a deputado de novo e não conta com apoio do prefeito Túlio Fontes (DEM), que se mostra mais simpático às candidaturas dos tucanos Marcinho Lacerda e Celso Fanaia. O pedetista, que já disputou outras eleições, enfrenta concorrentes diretos em seu próprio município, como os vereadores Fanaia e Leomar Mota (PP), que preside a Câmara Municipal, e Marcinho, filho do ex-senador e ex-vice-governador Márcio Lacerda.
O ex-presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM) e ex-prefeito de Reserva do Cabaçal, Ezequiel Ângelo da Fonseca (PP), entra também como concorrente pela região Oeste, assim como Celinho, de Mirassol D´Oeste. De Cáceres, estão também de olho em vaga na Assembleia Glauco Ninomya (PV), filho do ex-deputado Ninomia Miguel, o apresentador de TV e ex-vereador Francisco da Silva (PTC), e o advogado e procurador do Estado Bruno Homem de Mello (PMDB).
Representatividade
O último deputado eleito por Cáceres foi José Lacerda (PMDB), em 94. Quatro anos depois, Pedro Henry, no PSDB e já no cargo de deputado federal, apoiou para a Assembleia Túlio Fontes, então filiado no PDT, e também Duda Barros, da mesma sigla tucana. Ambos foram derrotados. Nas eleições de 2002, entre os candidatos estavam Kishi (então no PPB, que virou PP) e Francisco da Silva (ex-PSB) e não tiveram chances de êxito nas urnas.
No pleito de 2006, concorreram pela região Kishi, Duda Barros, filho do ex-prefeito Aloísio de Barros, Azambuja e Português. Destes, Português garantiu cadeira na Assembleia, enquanto Azambuja ficou na suplência e veio a se tornar titular com a renúncia de Campos Neto para ocupar a cadeira vitalícia de conselheiro do TCE. Líderes avaliam que se houvesse união da classe política da região, a Grande Cáceres poderia eleger até 3 deputados.
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