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Saúde
Sábado - 03 de Julho de 2010 às 05:02

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Se a falta do sono atrapalha os adolescentes na escola, na idade madura, pode por em risco a saúde.

Em um laboratório da Universidade Federal do Paraná, 48 pessoas idosas foram avaliadas em um acompanhamento que durou seis meses. A partir desse estudo, veio uma constatação: o idoso que não dorme bem, que não tem uma boa qualidade de sono, fica com o equilíbrio comprometido e mais exposto ao risco de sofrer quedas.

A aposentada Célia Lacerda, de 75 anos, não tem problemas para dormir. E o teste dela revelou: um bom equilíbrio. Ela é ativa, faz hidroginástica duas vezes por semana e caminha quase todos os dias.

“Meu sono é ótimo, por causa da vida agitada mesmo. Então, quando é noite, eu deito, durmo e o sono é tranquilo”, declara a aposentada.

Igual na adolescência, o sono na terceira idade também sofre mudanças. Mas, nos idosos, o relógio biológico é antecipado.

“Eles dormem mais cedo e acordam mais cedo. Eles têm mais sono durante o dia. Então, eles sentem uma necessidade maior de cochilar durante o dia, de tirar a sesta. E isso faz parte do amadurecimento, faz parte da idade. Então, nós não podemos enxergar isso como um distúrbio de sono”, aponta o doutor em neurociência Fernando Louzada, da UFPR.

A aposentada Adelaide Pereira, de 70 anos, costuma dormir cedo, mas o sono não é dos melhores e comprova o que a pesquisa aponta como consequência das noites mal dormidas: quatro tombos no período de um ano. O último foi dentro de casa.

Adelaide teve sorte e não sofreu nada grave, mas o sono curto preocupa o marido, Irineu Pereira. “Durante 24 horas, ela não chega a dormir quatro, três horas”, revela o aposentado.

“Eu janto, vou assistir à televisão e fico cochilando na frente da televisão. Quando eu chego na cama, perdi o sono. Parece que a cama me faz mal”, diz Adelaide.

E o fantasma da insônia aparece à luz do dia. “Eu tenho desequilibro de tudo. Às vezes, parece que a cabeça está mais pesada do que o corpo. Eu vou para um lado e a cabeça vai para o outro. Aí, tenho que me segurar”, revela Adelaide.

A chave para um sono reparador é reconhecer as nossas necessidades. “Tirar uma sesta sem culpa, dormir duas ou três horas de tarde sem aquela sensação de estar perdendo tempo. Ele está simplesmente adequando os seus horários, a sua vida às suas necessidades”, aponta o doutor em neurociência Fernando Louzada, da UFPR.

Célia sabe adequar-se aos horários e ocupar muito bem o tempo. Corpo e mente em perfeito equilíbrio. “Eu quero viver muito, mas quero viver com qualidade de vida, porque isso é bom, viver bastante, mas com qualidade de vida”, diz a aposentada.






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