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Economia
Sexta - 02 de Julho de 2010 às 09:44
Por: Vívian Lessa

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Materiais para construção mantêm IPI menor
Materiais para construção mantêm IPI menor
Será mantida até 31 de dezembro deste ano a redução no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre materiais para construção e sobre a venda de caminhões, caminhões-tratores e reboques, veículos comerciais leves. A decisão do governo foi anunciada na quarta-feira (29) pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Miguel Jorge. Segundo o presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção de Mato Grosso (Acomac/MT), Antônio Zompero, a prorrogação do incentivo caminha paralelo à demanda do mercado. Segundo ele, se não fosse o benefício os produtores estariam com preços mais altos.
 
"Estamos com o mercado aquecido o que fez aumentar o preço de alguns produtos, como por exemplo, o cimento". De acordo com ele, o setor da construção civil tem apresentado incremento médio de 15% nos últimos meses. "Temos que considerar também a Copa de 2014 que vão incentivar as vendas no setor". As novas prorrogações anunciadas pelo governo têm como objetivo manter o atual incentivo tributário ao investimento, de modo a aumentar a capacidade de produção e sustentar o crescimento não inflacionário da economia. Mas no setor de veículos pesados, a iniciativa é pouco satisfatória em Mato Grosso.

O presidente do Sindicato das Concessionárias de Veículos, Tratores, Máquinas e Motos de Mato Grosso (Sincodiv-MT), Paulo Boscolo, explica que a falta de infraestrutura das rodovias, o preço do combustível que é um dos mais caros do país, contribuem para o aumento do valor cobrado pelo frete, e pressiona os resultados positivos colhidos com a redução do IPI. "Não adianta conseguir comprar o veículo mais em conta se o setor não tem condições para trabalhar sem ter grandes prejuízos".

Independentemente disso, a alíquota de IPI incidente sobre caminhões, caminhões-tratores e reboques permanecerá em zero até o fim do ano. Anteriormente, a previsão era de que a alíquota de IPI retornasse para 5% a partir de 1º de julho de 2010. Segundo estimativa da Receita Federal, a prorrogação corresponde a R$ 280 milhões até o final do ano. No caso de veículos comerciais leves, como pick ups e caminhonetes, a alíquota de IPI permanecerá em 4% até o final do ano. A previsão era de que a alíquota de IPI retornasse para 8% e 10%, dependendo do tipo de veículo. A nova desoneração custará ao governo R$ 105 milhões. Entre os produtos que irão manter o IPI reduzido se destaca, cimento, chuveiros, etc. As tintas, por exemplo, cuja alíquota normal para o tributo é 5%, mantêm-se no segundo semestre com zero de tributação do IPI. Com as medidas, o governo deixará de arrecadar um total de R$ 1,498 bilhão. Desse total, a maior parte vem dos materiais de construção, R$ 723 milhões. O governo também deixará de arrecadar R$ 280 milhões com a desoneração de caminhões e R$ 105 milhões com os veículos comerciais leves.





Fonte: A Gazeta

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